Diário do Mercado na 4ª feira, 15.07.2020
Apoiada no exterior, bolsa engata segunda alta consecutiva
Comentário.
Em mais um dia de otimismo no mercado externo, as bolsas da Europa fecharam em alta refletindo o maior apetite dos investidores após os avanços com os testes para desenvolvimento da vacina contra a Covid-19.
Nos EUA, apesar da cautela com o avanço do número de casos de coronavírus no país e com um possível acirramento das tensões comerciais com a China, as bolsas em Nova Iorque também fecharam em alta com a repercussão positiva dos balanços do setor bancário e também com os números da produção industrial superando as expectativas.
Os mercados no Brasil mais uma vez acompanharam o movimento de otimismo no exterior e a bolsa brasileira engatou a segunda alta seguida superando a marca dos 102 mil pontos durante o pregão.
No mercado cambial, o dólar fechou o dia em alta cotado a R$ 5,38, (+0,65%). Os juros futuros fecharam com uma ligeira alta nos vencimentos mais longos enquanto, na ponta curta, se mantiveram próximos da estabilidade.
Ibovespa.
Mais uma vez acompanhando o movimento no exterior, o índice abriu a sessão em alta atingindo a casa dos 101.761 pontos, logo após a abertura. Em um pregão bastante instável, o Ibovespa ficou oscilando ao redor dos 101 mil pontos durante quase toda a tarde.
Ao final do dia, os negócios ganharam tração e a bolsa atingiu a máxima de 102.113 pontos (+1,67%) encerrando o dia próximo deste patamar aos 101.790 pontos (+1,34%).
Entre as maiores altas do índice, o destaque foi o desempenho das ações da Embraer (EMBR3) que subiram quase 9%. Já pelo lado das mínimas, as ações da CSN (CSNA3) tiveram o pior desempenho registrando uma queda de 2,13%.
O giro financeiro preliminar da Bolsa foi de R$ 39,7 bilhões, sendo R$ 25,7 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 13 de julho (dado mais recente), os investidores estrangeiros retiraram R$ 621,867 milhões da B3, aumentando o saldo negativo do mês para R$ 5,027 bilhões. No acumulado de 2020, os investidores já retiraram R$ 81,531 bilhões.
Câmbio e CDS.
Em um dia de enfraquecimento da moeda americana no mercado internacional, o dólar ganhou força por aqui fechando em alta frente ao real em meio. No mercado doméstico, o dólar comercial fechou a sessão cotado a R$ 5,3763 (-0,65%).
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) caiu para 239 contra 242 registrados no dia anterior.
Juros.
Os juros futuros fecharam com uma ligeira alta nos vencimentos mais longos. Já na ponta curta, os juros permaneceram próximos da estabilidade. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 se manteve em 2,07%;
DI janeiro/2021 se manteve em 2,06%;
DI janeiro/2022 subiu de 3,01% para 3,05%;
DI janeiro/2023 subiu de 4,09% para 4,16%;
DI janeiro/2025 subiu de 5,58% para 5,61%;
DI janeiro/2027 se manteve em 6,42%.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira 15.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, e HENRIQUE TOMAZ, CFA, ambos integrantes do BB Investimentos
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