Diário do Mercado na 6ª feira, 03.07.2020
Em dia de pouca liquidez, bolsa engata terceira alta consecutiva
Comentário.
Com o feriado nos EUA em função da celebração do dia da Independência, o dia foi de pouca liquidez no mercado doméstico. As atenções lá fora continuam voltadas para o aumento do número de casos de covid-19 nos EUA e também para a divulgação de indicadores que apontam recuperação da atividade nas principais economias.
em a referência das bolsas de Nova Iorque, a bolsa brasileira apresentou um ligeiro avanço de 0,55%, encerrando o pregão praticamente na máxima do dia.
Com isso, o Ibovespa engatou o terceiro pregão seguido de alta. No mercado cambial, o dia também foi de poucos negócios em função do feriado americano.
O dólar encerrou a sessão com uma pequena queda de 0,53% aos R$ 5,3159. Com relação aos juros, as taxas para vencimentos mais curtos fecharam próximas da estabilidade, enquanto as de médio e longo prazo voltaram a cair influenciadas pela queda do dólar.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em queda chegando a atingir a mínima de 95.803 pontos (-0,45%), ainda pela manhã. Ao longo da tarde, porém, a bolsa ganhou tração e fechou o pregão na máxima do dia, aos 96.875 pontos (+0,55%).
Entre as maiores altas, o destaque foi a valorização de 9,68% das ações do IBR (IRBR3), recuperando parte da queda de mais de 12% do pregão anterior. Já pelo lado das mínimas, o pior desempenho foi o da CSN (CSNA3) com queda de 1,38%. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,7 bilhões, sendo R$ 12,9 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No primeiro pregão de julho (01/07), os investidores estrangeiros retiraram R$ 16,604 milhões da B3. No acumulado de 2020, as saídas líquidas já somam R$ 76,521 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar apresentou desvalorização frente ao real, retornando para a casa dos R$ 5,32. A moeda americana apresentou um desempenho misto frente aos emergentes e queda frente às moedas mais fortes. O movimento foi influenciado pela divulgação de indicadores mostrando a recuperação da atividade na China e na Europa. Após se descolar dos pares ontem, hoje o real teve o melhor desempenho entre as 24 moedas dos emergentes.
O dólar à vista fechou o pregão cotado em R$ 5,3159 acumulando, assim, uma queda de 2,59% na semana.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu a 227 pts contra 231 registrados no dia anterior.
Juros.
Os juros futuros de prazos mais curtos fecharam praticamente na estabilidade, enquanto os de médio e longo prazo devolveram prêmios de risco influenciadas, principalmente, pelo movimento de desvalorização do dólar. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI outubro/2020 em 2,08% de 2,09%;
DI janeiro/2021 em 2,06% de 2,08%;
DI janeiro/2022 em 2,88% de 2,91%;
DI janeiro/2023 em 3,98% de 4,01%;
DI janeiro/2025 em 5,55% de 5,63%;
DI janeiro/2027 em 6,44% de 6,54%.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado em 03.07.2020, elaborado por RICHARDI FERREIRA, CNPI, do BB Investimentos