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Investimentos

28 de Fevereiro de 2020 as 23:02:05



Carteira Fundamentalista de Ações - Março/2020 - Cautela e Aversão ao Risco


Carteira Fundamentalista - Relatório de Março/2020
 
Cautela e Aversão ao Risco aumentam em meio ao Coronavirus
 
Março/2020
 
Perspectiva negativa diante da maior cautela e aversão ao risco nos mercados pelo impacto do coronavírus. 
 
Após a queda observada nos últimos dias do mês de janeiro, relacionada aos efeitos negativos do surto do coronavírus, o mês de fevereiro iniciou com os mercados em recuperação, respondendo positivamente a algumas medidas que os governos de grandes economias tomaram para conter os impactos na economia global.
 
No mercado doméstico, tivemos no início do mês a decisão do Copom, que cortou a Selic em 25 bps para 4,25% a.a., conforme esperado pelo mercado. Com isso, o comitê sinaliza a interrupção do ciclo de cortes, considerando seu efeito defasado na economia, o que pode resultar em elevação da trajetória de inflação no médio prazo.
 
Com relação à atividade doméstica, tivemos a divulgação dos dados de produção industrial de dezembro, que recuou pelo segundo mês consecutivo sobre o mês anterior, em -0,7%, após ter registrado uma queda de 1,7% em novembro ante outubro. 
 
Além disso, as vendas ao varejo de dezembro também apresentaram declínio sobre o mês anterior (-0,1%), interrompendo o movimento de alta dos sete meses anteriores. As principais atividades tiveram recuo e, mesmo tendo acumulado uma alta de 1,8% em 2019, a atividade doméstica tem mostrado fragilidade no crescimento.
 
Entrando na segunda quinzena do mês, o sentimento de cautela prevaleceu, diante da conjuntura de notícias envolvendo o coronavírus. Apesar da desaceleração no número de novos infectados na China, o avanço da epidemia em países como a Coréia do Sul, Itália e Irã coloca no cenário a possibilidade do risco de uma pandemia, o que prejudicaria as expectativas de crescimento global. Durante o feriado de carnaval no Brasil, as principais bolsas do mundo recuaram fortemente, com os investidores calculando o peso das medidas de contenção do vírus na atividade global.
 
Ademais, observamos também que grandes empresas estrangeiras já começaram a rever suas estimativas de crescimento para 2020, principalmente aquelas mais ligadas ao desempenho do consumo das famílias, dado que o governo chinês continua focado na manutenção do crescimento dos investimentos públicos. 
 
Devemos lembrar que, nos últimos anos, a abertura da economia chinesa e o baixo custo de mão-de-obra local incentivaram a migração da cadeia produtiva para a região, o que incentivou as grandes economias a aumentarem seu comércio global, com o Brasil tendo um papel importante como fornecedor de commodities e a China como um dos principais polos de produção mundial. 
 
Assim, num primeiro momento, acreditamos que o impacto nas empresas brasileiras virá mais da volatilidade nos preços das commodities do que pelo efeito em volume exportado.
 
Consequentemente, a desaceleração chinesa e seu respectivo efeito “dominó” nas demais economias já está resultando em revisões baixistas para o crescimento do PIB do Brasil em 2020, exercendo, assim, pressão sobre a bolsa. 
 
Diante do cenário exposto, temos uma visão negativa para a Bolsa no curto prazo, com aumento da volatilidade, e eventuais oportunidades de compra podendo surgir à medida em que notícias positivas em relação ao declínio de novos casos e/ou desenvolvimento de vacina comecem a tomar conta dos mercados.
 
Continuamos com preferência pelos setores mais voltados ao mercado interno (varejo, construção civil, bancos), cujos impactos do ambiente externo são reduzidos, bem como aqueles mais regulados, que são proporcionalmente menos afetados. Na Carteira, são mantidos os papéis do Bradesco, Cyrela, Klabin, Taesa e Via Varejo. Saem Lojas Americanas, Movida, Petrobras e Tupy, para dar lugar ao Itaú, Marfrig, MRV e Raia Drogasil.
 
Fevereiro/2020
 
A carteira encerrou o mês de fevereiro com queda de 6,66%, enquanto o Ibovespa recuou 8,43%.
 
Desempenho histórico:  A carteira acumula alta de 35,9% em 12 meses, 73,0% em 24 meses e 108,9% em 36 meses. 
 
Resumo Fevereiro
 
O Ibovespa encerrou aos 104.172 pts, uma queda de 8,43% no mês. O agravamento da epidemia do coronavírus em escala global, ao término do mês, provocou queda generalizada. 
 
 O Ibovespa se manteve oscilante ao longo do início do mês, respeitando a banda entre os 112 mil e os 117 mil pontos, a despeito dos crescentes casos de coronavírus que seguiam estampando as manchetes. Até então, não apenas a doença se manifestara predominantemente na Ásia, quanto era tida como de caráter estritamente sanitário.
 
Porém, no dia 26, a coincidência do retorno do feriado prolongado de carnaval com a escalada da preocupação global com a epidemia - agora já demonstrando sinais mais concretos de impactos econômicos, bem como maior número de casos em diferentes países, incluindo o Brasil - deflagrou um sell-off generalizado.
 
 Neste fatídico dia 26, quando o Índice Bovespa recuou 7%, foi registrada a maior saída de capital estrangeiro em um único dia da história da B3 (desde 1994), somando R$ 3,07 bilhões. Em 2020, a saída de capital estrangeiro já soma R$ 35 bilhões, se aproximando do volume total de 2019, em R$ 44,5 bilhões.
 
 A elevação da aversão ao risco em âmbito global em virtude do coronavírus direcionou o dólar a patamares recordes, tendo a moeda norteamericana atingido o patamar de R$ 4,50, sua máxima histórica. O risco-país medido pelo Credit Default Swap disparou, atingindo 133 pontos, o maior patamar desde outubro de 2019. A mínima histórica deste indicador havia sido marcada uma semana antes, no dia 19, a 91,8 pontos.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório elaborado por VICTOR PENNA e time do Research do BB Investimentos
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: VICTOR PENNA e time do Research do BB Investimentos





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