Em declaração à imprensa, nos jardins da Casa Branca, ao lado do presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na 2ª feira, 18.03, que o encontro marca um “capítulo inédito” que abre “novas frentes de cooperação”.
Ele destacou os esforços do seu governo para implementar as reformas em curso e o equilíbrio das contas públicas. Segundo o brasileiro, a dispensa de vistos para norte-americanos é para estimular o comércio e o turismo.
Bolsonaro agradeceu o apoio de Trump ao ingresso do Brasil na OCDE Cooperação e Desenvolvimento Econômico Ele se referiu ao grupo que reúne 36 países que se guiam pelos princípios da democracia representativa e economia de mercado.
“O apoio americano ao ingresso do Brasil na OCDE será entendido como um gesto de entendimento que marcará ainda mais a parceria que buscamos.”
O presidente destacou a negociação para que o Brasil ingresse como parceiro externo na OTAN Organização do Tratado Atlântico Norte, aliança militar criada em 1949 e que reúne 29 países, regido pelo princípio da defesa mútua em caso de ataques.
"Discutimos a possibilidade de o Brasil entrar como aliado extra-Otan",
disse Bolsonaro.
Parcerias
Bolsonaro ressaltou a parceria com os EUA nas áreas de combate ao terrorismo e crime organizado, ciência, tecnologia e inovação, energia, óleo e gás.
“Este encontro retoma uma antiga tradição de parceria e ao mesmo tempo abre um caminho inédito entre Brasil e EUA.”
Ele citou os esforços executados no Brasil para combater o terrorismo e o crime organizado. De acordo com o presidente, os temas estão entre prioridades e são “questão de urgência” para brasileiros e norte-americanos. Ele destacou que foi reativado um fôro de altos executivos para discutir vários temas comuns.
O presidente disse que o encontro com Trump destravou temas que aguardavam negociação.
“Hoje destravamos vários assuntos que já estavam na pauta há décadas e abrimos novas frentes de cooperação. Esta é a hora de superar velhas resistências e explorar todo o vasto potencial que existe entre Brasil e EUA. O Brasil tem um presidente que não é anti-americano, caso indédito nas últimas décadas.”
Inspiração
Dizendo-se sob inspiração do presidente Ronald Reagan (1981 a 1989), morto em 2004, Bolsonaro citou uma frase do norte-americano.
“O povo deve dizer o que o governo pode fazer e não o contrário”,
afirmou o presidente.
Em seguida, o presidente afirmou que:
“Os EUA mudaram em 2017 e o Brasil começou a mudar em 2019. Estamos juntos para o bem dos nossos povos”. “Queremos uma América grande e um Brasil também”,
reiterou.
Bolsonaro afirmou que Brasil e EUA têm vários aspectos comuns.
"O Brasil e os EUA também estão emanados na garantia das liberdades, no respeito à família tradicional, no temor a Deus, nosso Criador, contra a ideologia de gênerio e o politicamente correto e as fake news. Que Deus abençoe o Brasil e os Estados Unidos da América.”
Interno
Questionado se manteria relações com os EUA, em uma eventual vitória de um candidato à presidência da República, em 2020, com inclinações socialistas, Bolsonaro disse que respeitaria o resultado das eleições, pois se trata de um assunto interno. Bem-humorado, afirmou estar convencido que Trump será reeleito. O norte-americano agradeceu entre sorrisos.
Ao lado de Trump, Bolsonaro celebrou a redução do número de governos socialistas no mundo. Segundo ele, pela “via democrática”, o Brasil se “livrou desse projeto”, referindo-se ao socialismo.
"Cada dia que passa essas pessoas mais voltadas para o socialismo e até mesmo para o comunismo, aos poucos vão abrindo suas mentes para a realidade."
O presidente brasileiro reiterou a disposição em manter o intenso comércio com a China e o máximo de parceiros. Porém, ressaltou que não haverá viés ideológico.
“O Brasil continuará fazendo negócios com o maior número o possível [de parceiros]. Apenas não será pelo viés ideológico.”
Após o encontro com Trump na Casa Branca, Bolsonaro depositou flores em homenagem ao soldado desconhecido.