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Investimentos

16 de Março de 2019 as 22:03:51



PAPEL E CELULOSE - Análise Setorial do Desempenho na Bolsa, Fev2019


PAPEL E CELULOSE - Relatório de Análise Setorial Mensal
 
Fevereiro/2019: Cabo de Guerra
 
Assim como vimos nos últimos meses de 2018, este ano também começou com grandes desafios para o segmento. Uma mistura de incertezas em relação à demanda futura de celulose devido a uma possível desaceleração econômica na China e a desaceleração do crescimento global levaram a um “cabo de guerra” entre os clientes chineses e os fabricantes de celulose. 
 
Enquanto os clientes chineses insistem em preços de celulose entre US$ 660/t e US$ 680/t, os produtores brasileiros de celulose resistem com preços de US$ 720/t. Como resultado, durante o call com analistas, diretores da Suzano informaram ao mercado que esperam que os embarques de celulose no 1T19 sejam 50% menores quando comparados aos já baixos volumes do 4T18.
 
De acordo com o PPPC, os estoques em dezembro para fibra em geral ficaram em 49 dias. Para as fibras curtas, os números subiram para 57 dias, ante 42 no mês anterior, acima da métrica histórica de 50 dias.
 
A demanda de celulose diminuiu, especialmente na China, com a desaceleração da economia global e a maturação do ciclo de estocagem no país asiático. A guerra comercial também foi responsável pela queda no consumo de papel na China, especialmente para papel gráfico. No entanto, os segmentos de tissue e papelão mantêm sua tendência ascendente, impulsionando o crescimento da demanda em todos os mercados.
 
A produção brasileira de celulose atingiu 1.751 kton em dezembro (dados mais recentes disponíveis), reduzindo 1,1% m/m e 6,6% a/a, apesar da melhora de 7,7% no acumulado do ano, de acordo com Ibá¹.
 
As exportações somaram 1.509 kton no período, subindo 30% m/m e 33% a/a (+11,5% em 2018 ante 2017). A China representou 42% das exportações totais de celulose no mês, seguida pela Europa com 32%. 
 
Quanto ao papel, a produção atingiu 901 kton, alta de 1,6% m/m, com IE e papelão contribuindo fortemente para isso, melhorando 2,9% m/m e 15% m/m, respectivamente.
 
Em 2018, porém, a produção de papel ficou estável. As vendas para o mercado doméstico foram impulsionadas pelos segmentos de tissue e papelão, que cresceram 2,8% a/a e 5,1% a/a, respectivamente. O consumo aparente no Brasil ficou em 765 kton em dezembro (+0,7% m/m e -0,4% a/a).
 
No relatório da ABPO², as vendas totalizaram 290.299 unidades em janeiro, recuando 0,8% a/a. As condições de mercado devem melhorar ao longo do ano, na opinião da Poyry, seguindo as melhores perspectivas para a economia brasileira, especialmente nos segmentos de tissue e papelão. A empresa de consultoria também espera que a demanda por embalagens melhore, após uma retração de 1,8% em 2018.
 
Em fevereiro, tanto a Klabin quanto a Suzano apresentaram seus resultados do 4T18, que, em nossa opinião, trouxeram números mistos. A Klabin apresentou seus resultados do 4T18 ligeiramente abaixo de nossas expectativas, embora ainda positivo, em nossa opinião. 
 
O destaque veio do negócio de celulose, que mais uma vez contribuiu maciçamente para os resultados consolidados, apesar do cenário mais desafiador do trimestre. 
 
Quanto à Suzano, a empresa trouxe números abaixo de nossas estimativas. Embora estivéssemos esperando uma receita menor por causa dos preços estáveis no período e volumes decrescentes vendidos devido à parada de manutenção em Imperatriz, as condições do mercado afetaram fortemente os resultados no trimestre, prejudicando os números na comparação trimestral.
 
Outlook. 
 
Março deve refletir ainda as pressões já observadas nos dois primeiros meses do ano no mercado chinês. Internamente, a demanda por papel ainda não avançou, uma vez que o mercado ainda está no aguardo das primeiras conversas do governo brasileiro sobre a reforma previdenciária.
 
Lembramos que a ABPO espera um crescimento de 3% no consumo para o ano e as companhias continuam otimistas com o consumo interno, já que as projeções do PIB, apesar de ainda baixas, são melhores que as de 2018.
 
¹Ibá – Brazilian Tree Industry
²ABPO - Brazilian Corrugated Board Association
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, Analista Senior, e CATHERINE KISELAR, Analista, ambos do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez, Analista Senior, e Catherine Kiselar, Analista, ambos do BB Investimentos

 
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