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Investimentos

19 de Fevereiro de 2019 as 22:02:58



LOJAS RENNER Resultados no 4º Trimestre/2018: Vendas robustas e margens acima do esperado


LOJAS RENNER  -  Resultados no 4º Trimestre/2018
 
Vendas robustas e margens acima do esperado
 
A Lojas Renner divulgou resultados positivos referentes ao 4T18, com tanto o top line quanto o EBITDA ajustado um pouco acima das nossas estimativas (+1,0% e +3,3% A/E, respectivamente).
 
Em linha com o que observamos durante todo o ano, a companhia continuou ganhando market share, registrando um crescimento de vendas de 13,2% a/a em 2018, contra uma média de mercado de apenas 1,5% (de acordo com o IBGE, nos últimos 12 meses até novembro de 2018).
 
As margens operacionais também desempenharam bem durante o ano, chegando à níveis do período pré-crise, com a margem bruta aumentando 0,6 p.p. a/a, para 61,0%, a margem EBITDA ajustada avançando 1,3 p.p. a/a, para 23,7% e a margem líquida expandindo 2,5 p.p. a/a, para 13,6%.
 
Nossa única preocupação continuou sendo a performance do segmento financeiro, no qual a receita caiu 23,9% a/a e a geração de EBITDA reduziu 35,5% a/a durante o ano como um todo.
 
Entretanto, reconhecemos que 2018 foi marcado por importantes mudanças no segmento, com a criação da Realize CFI (a instituição financeira própria da Renner) e o mercado de crédito ainda pressionado pelo cenário econômico.
 
Assim, temos uma expectativa mais benigna para o desempenho da financeira daqui para frente. No geral, seguimos otimistas em relação ao case de investimentos da companhia e mantemos nossa recomendação de Outperform para LREN3, com preço alvo de R$ 46,90 para o final de 2019. LREN3 está sendo negociada a 27,1x P/L e 15,7x EV/EBITDA 19E, de acordo com as nossas estimativas, contra uma média histórica (últimos 5 anos) de 27,0x e 14,4x, respectivamente.
 
Performance robusta no varejo...
 
As vendas aumentaram 16,8% a/a na operação de varejo, chegando a R$ 2.595 mi (+1,0% A/E), amparadas por um forte desempenho de +12,0% de vendas em mesmas lojas (+1,2 p.p. A/E).
 
De acordo com o release da empresa, durante o 4T18, as lojas apresentaram um contínuo aumento de tráfego de pessoas com uma boa aceitação da nova coleção, levando a uma alta de 5,5% no ticket médio.
 
Olhando para cada bandeira, todas apresentaram desempenho positivo, com vendas aumentando em 16,1% a/a na Renner, 14,7% a/a na Camicado e 53,7% a/a na Youcom.
 
Em relação à rentabilidade, a margem bruta veio estável em 60,8% (-0,3 p.p. A/E), com a expansão na marca Renner (+0,7 p.p. a/a) compensando a queda tanto na Camicado quanto na Youcom (-1,9 p.p. e -2,9 p.p. a/a, respectivamente).
 
Mesmo assim, a aceleração nas vendas, junto com um bom controle de custos, levou a uma expansão de 1,4 p.p. a/a na margem EBITDA do varejo, que chegou a 25,6%.
 
Também é válido mencionar que o 4T18 foi o primeiro trimestre depois de um ano a ter uma base de comparação mais normalizada, já que importantes projetos que impulsionaram despesas, como a criação da financeira e o processo de internacionalização, começaram no 4T17.
 
…contra um resultado fraco do segmento financeiro. 
 
A receita líquida de produtos financeiros aumentou apenas 4,0% a/a no trimestre, para R$ 234 mi (-14,6% A/E), impactada pelo ritmo mais lento de crescimento da carteira do Co-branded, após o produto atingir uma fase mais madura, e pela redução da participação do cartão Renner nas vendas totais. 
 
Do 4T17 para o 4T18, os pagamentos feitos com o cartão Renner reduziram de 44,3% para 43,6% das vendas, o que, de acordo com o release, foi devido ao fato dos consumidores continuarem mais cautelosos com pagamentos parcelados. Além disso, as despesas operacionais do segmento financeiro expandiram 12,6% a/a, por conta de maiores custos com compliance com a criação da Realize CFI. 
 
Ainda assim, o EBITDA ajustado cresceu 3,9% a/a, para R$ 79 mi, beneficiado pela queda de 3,7% a/a nas perdas com crédito. A taxa de inadimplência caiu 0,7 p.p. a/a no cartão Renner, chegando a 2,2%, e 1,0 p.p. a/a no cartão Co-branded, para 3,3%, refletindo políticas mais efetivas de cobrança.
 
Resultado consolidado, bottom line e fluxo de caixa vieram sustentáveis. 
 
Combinando os resultados tanto do varejo quanto da financeira, o EBITDA ajustado consolidado chegou a R$ 743 mi no trimestre  (+3,3% A/E), uma expansão de 23,1% a/a, representando um crescimento de 1,4 p.p. a/a na margem EBITDA ajustada, a qual atingiu 28,6% (+1,5 p.p. A/E).
 
No bottom line, a companhia se beneficiou adicionalmente de menores despesas financeiras líquidas (-37,8% a/a) e menores despesas com depreciação (-5,0% a/a). 
 
Em relação ao fluxo de caixa, após alguma pressão observada durante o 1S18, a geração de caixa livre chegou a R$ 603 mi em 2018 como um todo, contra R$ 443 mi em 2017. 
 
A geração de caixa operacional melhorou em 33,2% a/a, para R$ 1.577 mi, o suficiente para compensar maiores investimentos em Capex (+10,9% a/a) e maiores necessidades de capital de giro (+91,4% a/a), refletindo principalmente a decisão da companhia de operar com um nível mais elevado de estoques desde o início de 2018, visando evitar problemas de rupturas.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por MARIA PAULA CANTUSIO, CEA, CNPI 1390, Analista Sênior do BB Investimentos.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARIA PAULA CANTUSIO, CEA, CNPI 1390, Analista Sênior do BB Investimentos.

 
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