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Investimentos

16 de Fevereiro de 2019 as 02:02:21



USIMINAS Resultado no 4º Trimestre de 2018: Negativo. Margens Prejudicadas


USIMINAS - Resultados  no 4º Trimestre de 2018
 
Menores Volumes e Maiores Custos prejudicam margens; Negativo 
 
A Usiminas divulgou seus resultados do 4T18 nesta 6ª feira, 15.02, com números abaixo das nossas expectativas, impactado por menores volumes vendidos em ambos os principais segmentos: mineração e siderurgia.
 
Adicionalmente, os resultados foram afetados por custos mais altos devido à parada para manutenção no alto-forno de Ipatinga e maiores custos de matérias-primas como MF e carvão. 
 
Como mencionado em nosso relatório de prévias, esperávamos um EBITDA de R$ 512 mm para o trimestre; entretanto, a Usiminas trouxe um número em R$ 830 mm, beneficiado pelo reconhecimento dos créditos de R$ 420 mm do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. Ao excluirmos estes créditos, o resultado operacional teria sido 20% menor que nossas estimativas.
 
Apesar de descontentes com a evolução t/t, na comparação anual houveram importantes avanços a serem reconhecidos, especialmente no segmento de mineração com a entrada da nova planta.
 
Para o 1T19, esperamos maiores preços realizados para o segmento de mineração devidos aos maiores preços internacionais de MF e melhores resultados operacionais na siderurgia, com a implementação dos aumentos de preços anunciados no início do ano e custos menores na comparação com o 4T18, já que  parada para manutenção foi concluída.
 
Como nosso modelo já previa um trimestre mais fraco, mantemos nosso preço-alvo 2019 para USIM5 em R$12.50/ação, bem como a recomendação Outperform.
 
Resultados Consolidados. 
 
As receitas somaram R$ 3.427 mm (-11.3% t/t e -3.7% que o BB-BI, embora 11.4% maior a/a), ancorada pelos menores volumes vendidos de MF e aço no período.
 
Na comparação anual, entretanto, as receitas subiram 11,4%, refletindo os preços médios mais altos e melhores volumes para ambos os segmentos de mineração e siderurgia.
 
CPV somou R$ 3.051 mm, queda de 5,2% t/t (R$ 3.217 mm no 3T18), embora m menor ritmo que as receitas, impactando as margens. DVG&A vieram 30% acima t/t em razão de 
 
(i) provisionamento de créditos para liquidação duvidosa de R$ 38 mm e 
(ii) maiores despesas de serviços de terceiros. 
 
Se por um lado a Usiminas reconheceu um impacto não-recorrente de impairment de R$ 472 mm, por outro lado houve reconhecimento de créditos do ICMS (PIS/COFINS) de R$ 418 mm e recebíveis de R$ 186 mm relacionados a empréstimo compulsório da Eletrobrás. Por fim, o EBITDA ajustado fechou o 4T18 em R$ 830 mm, 18% maior t/t e 84% acima do mesmo período do ano passado.
 
Siderurgia: queda nos volumes e alta de preços prejudicam margens.
 
A produção de aço bruto caiu 16% t/t para 714 kton; mesmo para laminados, onde a queda foi de 2% t/t, para 1.048 kton, devido à parada para manutenção no alto forno de Ipatinga. As vendas, então, somaram 1.026 kton, caindo 7.3% comparado ao trimestre anterior. 
 
As receitas somaram R$ 3,2 bn, 6,9% menor que o 3T18, com menores volumes e preços estáveis no período. O custo caixa por ton subiu 7,8% t/t, para R$ 2.274/t, principalmente em razão de 
 
(i)  maiores preços de algumas matérias-primas, como MF e carvão e 
(ii) maiores custos com pessoal devido a menor diluição de custos fixos com a parada temporária. CPV, por outro lado, ficou estável t/t e terminou em R$ 2,9 bi. 
 
O EBITDA para o segmento chegou a R$ 804 mm, contra R$ 577 mm no 3T18, impactado pelo reconhecimento dos créditos da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e do COFINS (R$ 411 mm).
 
Mineração: normalizada. 
 
No 4T18, a produção somou 1,439 kton (-5% t/t), comvolumes vendidos retraindo 14% no mesmo período, para 1,514 kton. As receitas totalizaram R$ 316 mm, alinhado t/t, com maiores preços de MF parcialmente compensando a queda observada nos volumes.
 
Custo caixa ficou em R$ 61.8/t, ante R$ 60.2/t no 3T18. Consequentemente, o EBITDA para o trimestre veio em R$ 38.1 mm, -54% t/t.
 
 
Situação das barragens. 
 
As operações de mineração da Usiminas contam com três barragens de rejeitos:
 
(i)   Somisa (12,5 milhões de m3);
(ii)  Central (6,0 milhões de m3), ambas a montante e atualmente inativas;
(iii) Samambaia (atualmente com 5,0 milhões de m3, porém com capacidade de 7,5 milhões de m3), ainda em operação, porém construída a jusante. 
 
A barragem Central encontra-se em processo de descomissionamento, com a retirada dos rejeitos que são enviados como matéria prima à planta de flotação.
 
Conforme anunciado pela empresa, foi aprovado recentemente o plano de empilhamento a seco para todas as operações da MUSA que deverá ter início em 2020, a depender das licenças ambientais aprovadas.
 
Alavancagem e Resultado Financeiro. 
 
O resultado financeiro veio positivo em R$ 638 mm no trimestre, refletindo
 
(i)   R$ 31 mm em variação cambial,
(ii)  receita financeira de R$ 64 mm, e
(iii) despesa financeira de R$ 168 mm e
(iv) o reconhecimento de correção monetária sobre créditos a receber da Eletrobras no montante de R$ 490 mm e de R$ 385 mm referente ao processo de ICMS (PIS/COFINS). 
 
Como resultado, a Usiminas reportou ganhos líquidos de R$ 401 mm, ante ganhos líquidos de R$ 289 mm no 3T18. A dívida bruta somou R$ 5,854 mm, estável se comparado a set/18. A dívida líquida ficou em R$ 4,160 mm. Já a alavancagem, medida pela Dívida líquida/EBITDA caiu para 1.6x, ante 1.8x no 3T18.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório preparado por GABRIELA E. CORTEZ, Analista Senior, e CATHERINE KISELAR,  Analista, ambas do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez, Analista Senior, e Catherine Kiselar Analista, ambas do BB Investimentos

 
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