Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Economia e Finanças

20 de Junho de 2018 as 14:06:58



FRIGORÍFICOS Maggi vai tratar com Rússia e China o embargo à Carne Brasileira


Maggi vai tratar com Rússia e China sobre embargo à carne brasileira
 
A caminho de Johanesburgo, na África do Sul, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi aposta nas conversas preparatórias da 10ª Cúpula do Brics - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul,- para dar mais um passo na direção do fim do embargo russo à carne suína e bovina do Brasil. 
 
As restrições anunciadas sob argumento de que haviam sido encontradas substâncias como estimulantes nos produtos brasileiros exportados para a Rússia já duram quase seis meses.
 
“Todos os pleitos da Rússia foram atendidos e estão vigentes”,
 
afirmou o ministro nesta 4ª feira, 20.06, minutos antes do embarque para São Paulo, de onde seguirá para o continente africano.
 
Maggi admitiu que não será a esfera ministerial da reunião dos Brics que solucionará problemas relacionados à sua pasta, mas disse estar otimista de que os diálogos podem avançar para que esses impasses sejam dissolvidos no momento em que os chefes de Estados sentarem à mesa de negociações.
 
Outra frente que Maggi pretende enfrentar durante as reuniões preparatórias tem como alvo os representantes do governo chinês. Otimista, o ministro disse acreditar em uma solução próxima para a sobretaxa imposta ao frango brasileiro no início deste mês.
 
Nos próximos dias, técnicos chineses chegam ao Brasil, em uma missão para avaliar números, e devem visitar três plantas de produção brasileira.
 
“Eles alegam que fizemos dumping, usando preços mais baixos de produção, o que não é verdadeiro. O Brasil é um país muito competitivo com produção de farelo e milho”, explicou. Maggi admitiu que o Brasil precisa adotar uma “maior noção de mercado”. “Não adianta a gente abrir mercado e desestrutura as cadeias locais”,
 
completou.
 
 
Guerra comercial
 
Maggi disse que o governo brasileiro não tem como interferir na disputa comercial iniciada pelos EUA, quando anunciou a sobretaxação de produtos da China e de países da União Europeia. O ministro admitiu que, em um primeiro momento, o Brasil pode até ganhar com a situação, mas a expectativa é a de que esse cenário prejudique outras variáveis da produção.
 
Com a sobretaxa sobre a soja, que é regulada pela Bolsa de Chicago, os preços do produto caem em todo o mundo.
 
“Terão que pagar um prêmio para buscar a soja brasileira que compensa um pouco, mas somos um grande fornecedor de grãos para a China. No momento em que é melhor vender o grão, as empresas param de fazer a moagem e perdemos mercado mundial de farelo”,
 
explicou.
 
O reflexo esperado é o encarecimento da ração que é a base da produção animal nacional de frangos e suínos.
 
“Para mim, só temos a perder nisso. Daqui a uns anos, China e EUA voltam a se acertar, ganham novamente o mercado de soja e nós já perdemos o mercado de farelo e competitividade na área animal”,
 
acrescentou.
 
 
Feijão
 
As declarações de Maggi foram dadas depois do lançamento do primeiro plano nacional criado para a cadeia do feijão brasileiro e de pulses, que incluí mais de 10 cultivares como lentilha, grão-de-bico e ervilha.
 
O Brasil é o maior produtor de feijão do mundo, com resultados anuais médios de produção de 3 milhões de toneladas do grão. Pela primeira vez, produtores dessas leguminosas e o governo sentaram para tentar organizar a cadeia e intensificar os números.
 
No documento lançado hoje, ficaram definidas metas para o setor que, atualmente, atende basicamente ao consumo interno. Neste contexto, os produtores querem criar mecanismos para aumentar em 5kg o consumo per capita interno, que hoje é de cerca de 16kg anuais.
 
Outras metas têm foco no mercado externo e, mais especificamente, asiático. Além de tentar ampliar para o patamar de 500 mil toneladas anuais a produção destinada à exportação – atualmente em torno de 106,3 mil toneladas – o Brasil pode aproveitar a demanda crescente por pulses para buscar um lugar de destaque nesse tipo de cultivo.
 
“A Índia fala que terá uma demanda em torno de 30 milhões de toneladas nos próximos 30 anos. Isto significa uma área, no Brasil, em torno de 10 milhões de hectares semeados. Isto é renda para o produtor e oportunidade de termos uma diversificação do que já temos”,
 
disse Maggi.


Fonte: AGENCIA BRASIL





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
IMPOSTOS - Prévia da Carga Tributária cai a 32,44% do PIB 28/03/2024
IMPOSTOS - Prévia da Carga Tributária cai a 32,44% do PIB
 
DÍVIDA PÚBLICA sobe 2,25% a R$ 6,6 Trilhões em fevereiro 28/03/2024
DÍVIDA PÚBLICA sobe 2,25% a R$ 6,6 Trilhões em fevereiro
 
DESENROLA - Governo prorroga o programa até 20 de maio 28/03/2024
DESENROLA - Governo prorroga o programa até 20 de maio
 
INFLAÇÃO - IPCA cai para 4,5% nos últimos 12 meses 28/03/2024
INFLAÇÃO - IPCA cai para 4,5% nos últimos 12 meses
 
DESEMPREGO - Taxa fica em 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro 28/03/2024
DESEMPREGO - Taxa fica em 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro
 
BC revisa previsão de crescimento da economia para 1,9% 28/03/2024
BC revisa previsão de crescimento da economia para 1,9%
 
EMPREGOS com carteira assinada batem recorde, segundo IBGE 28/03/2024
EMPREGOS com carteira assinada batem recorde, segundo IBGE
 
TESOURO DIRETO - Vendas caem 16,7% em fevereiro 27/03/2024
TESOURO DIRETO - Vendas caem 16,7% em fevereiro
 
BB passa a cobrar 1,1% de IOF nas compras a crédito no exterior 26/03/2024
BB passa a cobrar 1,1% de IOF nas compras a crédito no exterior
 
GLI GAMING - Fazenda habilita primeira Certificadora de Apostas On-Line no Brasil 25/03/2024
GLI GAMING - Fazenda habilita primeira Certificadora de Apostas On-Line no Brasil
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites