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Investimentos

22 de Abril de 2018 as 16:04:10



INVESTIMENTOS - USIMINAS Resultado no 1º trimestre/2018: Forte e Consistente


USIMINAS - Resultado no 1º trimestre de 2018 e
Revisão de Preço Meta
 
Forte e Consistente
 
 
 
Usiminas divulgou os seus resultados do 1T18 em 20.04, com números fortes e consistentes, de acordo com o que divulgamos em nosso relatório de prévias.
 
Positivamente afetado por maiores volumes vendidos em todas as suas unidades de negócios e maiores preços realizados não só no mercado doméstico, mas também no mercado externo, a Usiminas conseguiu trazer um EBITDA ajustado de BRL 641 mm no trimestre, 3,7% acima das nossas estimativas de BRL 618 mm.
 
A crise siderúrgica internacional no que tange o excesso de capacidade global nos últimos anos parece ter amenizado, já que as exportações chinesas continuam em queda m/m.
 
De acordo com a WSA, na China, a produção de aço somou 137mt em Jan-Fev/18, alta de 5,4% a/a, ao passo que as exportações caíram 28% na mesma base de comparação.
 
Os preços de aço continuam a melhorar, principalmente nos EUA, onde os efeitos da Section 232 já estão em cena. Com relação aos desdobramentos da decisão americana sobre as medidas protecionistas, um possível acordo baseado em cotas deve trazer mais estabilidade às companhias brasileiras, embora o risco de uma guerra comercial entre EUA e China ainda exista, em menor proporção.
 
No Brasil, de acordo com IABr, a produção total de aço bruto melhorou 4% a/a nos dois primeiros meses do ano (último dado disponível), com aços planos subindo 7.8% comparada a 2017, seguindo o setor automotivo. A produção de aço bruto subiu 5,5% no mesmo período, refletindo a melhora na economia doméstica.
 
É importante mencionar que, ano passado, a indústria siderúrgica foi impulsionada principalmente pela recuperação dos setores automotivo e agrícola. Em 2018, somado a este efeito, temos o setor industrial apresentando sinais de recuperação, após alguns anos de estagnação e até mesmo retração.
 
Respondendo a um melhor cenário econômico, a Usiminas reportou um aumento de 5.4% t/t e 38% a/a nas receitas, que somaram BRL 3.244 mm (estimativas BB-BI de BRL 3.261 mm) influenciada por maiores volumes vendidos e maiores preços realizados no período. 
 
Os custos foram afetados, novamente, pelo aumento nos preços de matéria-prima, especialmente placas e carvão. Entretanto, houve melhoras nas despesas e o EBITDA fechou em BRL 641 mn no período, 3,7% acima das nossas estimativas (+42,5% t/t e +20,4% a/a). A margem EBITDA alcançou 19,8%, uma melhora de 5.1 p.p. t/t, apesar de queda de 2,9 p.p. a/a).
 
Considerando os pontos acima e levando em conta os riscos listados anteriormente, tais como: 
 
(i)   demora na retomada total da economia brasileira, 
(ii)  desaceleração da economia chinesa e 
(iii) queda nos preços do MF e, uma possível, porém improvável 
(iv) disputa entre seus acionistas controladores,
 
revisitamos nosso modelo e decidimos atualizar nosso preçoalvo de 2018 para USIM5 em BRL 14,00 (antes BRL 13,00), mantendo a recomendação Outperform.
 
Siderurgia: volumes melhores. 
 
A produção total chegou a 1.361 no trimestre, queda de 2% t/t.. As vendas ficaram em 1.089, estáveis t/t e 17.3% maior que a/a, em razão do aumento de 2,9% nas vendas domésticas, apesar de queda em 13,5% nas exportações.
 
As exportações foram destinadas principalmente à Argentina (37%), Alemanha (27%) e Bélgica (6%). As receitas somaram BRL 3 bi, um crescimento de 8.8% t/t devido a melhores volumes vendidos no mercado interno e melhores preços realizados internamente e nas exportações.
 
O custo caixa/t subiu 5,9% t/t em razão, novamente, de maiores custos com placas e fechou em bRL 1.875/t. Desta maneira, O EBITDA para o segmento ficou em BRL 568.6 mm, 40% acima do 4T17.
 
Mineração: produção e exportações maiores. 
 
No 1T18, a produção somou 1,4mt (-12% t/t), principalmente em razão de maiores exportações e maiores vendas a terceiros no MI. Os volumes vendidos, por outro lado, somaram 1,8mt, alta de 130% t/t. Com relação às receitas, estas foram beneficiadas por maiores volumes vendidos, mas também pelo aumento nos preços internacionais de MF no período e os prêmios pagos aos produtos de MF da Usiminas. O EBITDA para o trimestre veio em BRL 49 mm, crescendo 18.2% t/t.
 
Alavancagem e Resultado Financeiro. 
 
O resultado financeiro veio negativo em BRL 134 mn no trimestre, refletindo BRL 25 mn de perda em variação cambial, receita financeira de BRL 77 mn e despesa financeira de BRL 185 milhões. Assim, o resultado líquido veio positivo em BRL 157 milhões, contra BRL 45 milhões no trimestre anterior.
 
A dívida bruta somou BRL 5.679 milhões, reduzindo 15% comparada a dezembro/17, após o pagamento de USD 400 milhões, dos quais USD 220 mm voltaram para o caixa da companhia, e a amortização de BRL 379 milhões. 
 
A dívida líquida ficou em BRL 4.117 milhões. Já a alavancagem, medida pela Dívida líquida/EBITDA caiu para 1,8x, ante 2,1x no 4T17.
 
Valuation. 
 
Continuamos otimistas no nome, principalmente considerando a retomada da economia brasileira, a qual deve impactar diretamente os resultados futuros da companhia, e a diluição de alguns riscos importantes para a empresa, como a disputa entre seus acionistas.
 
Na nossa visão, a demanda deve melhorar ao longo do ano, impulsionando volumes vendidos em todos os segmentos. Além do mais, a melhora nos preços internacionais deve contribuiu para receitas mais robustas.
 
Com uma estrutura mais enxuta, os custos e despesas devem ficar sob controle, resultando em maiores margens a/a. Isto posto, revisamos nosso modelo e chegamos a um valor por ação de BRL 14,00 (ante 13,00) e mantemos nossa recomendação Outperform
 
 
Confira no anexo a pintegra do relatório de análise do resultado apresentado pela USIMINAS no 1º trimestre/2018, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, CNPI, Analista Senor do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: BB Investimentos





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