A desorganização generalizada do Estado Brasileiro, agudizada pelo golpe de estado contra Dilma Rousseff, fez emergirem forças latentes de uma sociedade violenta e historicamente conservadora e autoritária, que carrega fortes elementos de cultura de 300 anos de escravatura.
Por grupos de criminosos e traficantes ou por policiais da PM do Rio, por si só seria descalabro inaceitável o assassinato da vereadora negra, Marielle Franco, ativista pela paz, contra a violência policial e contra a intervenção do Exército no estado do Rio.
Mas, se percebe que a coisa é de natureza ainda pior com identificação de munição da Polícia Federal de Brasilia, empregada no ataque à vereadora, demonstrativo da submissão da sociedade brasileira ao Estado Autoritário semelhante àquele da Ditadura Militar que oprimiu a Nação por mais de duas décadas.
Camuflada sob a aparência de um governo civil, nossa sociedade vive hoje a amargura de uma nova ditadura, violenta e atentatória contra os direitos civis, que pratica uma agenda de terra arrasada e de entrega dos recursos do País aos interesses do Império e ao Mercado Financeiro, de desorganização do Estado e da imoralidade de seu comando por uma quadrilha "com STF e tudo".
O crime contra a vereadora é evidência de ausência de respeito aos direitos civis democráticos, mas também à hierarquia pelos integrantes das forças policiais do Estado e de segurança da sociedade, além de evidência da guerra por poder entre segmentos do Estado Brasileiro, evolução da precedente acirrada disputa por nacos cada vez maiores da receita pública por setores da sociedade.
Uma vez mais é aberta a Caixa de Pandora pela burguesia canalha, oportunista, malandra, entreguista e internacionalista que domina o Pais.
Protejam-nos os herois da Pátria que já se foram e guardam o Brasil.
Saudades de Ulisses Guimarães, Mario Covas, Franco Montoro, Brizola e Darci, Severo Gomes e Arraes, exemplos de dignidade e brasilidade democrática civil da classe política.