Diário de Mercado na 5ª feira, 15.02.2018
Bolsa se mantém em alta com mercados dos EUA e dados internos
Resumo.
O Ibovespa, no dia seguinte aos vencimentos do índice futuro e de opções sobre o índice, seguiu os comportamentos positivos dos índices acionários de Nova York, bem como foi favorecido pela divulgação da ata do Copom.
O documento do Banco Central deixou espaço para um possível novo corte de 25 pts-base em sua decisão subsequente, em 21 de março próximo, após tê-la praticamente descartado no comunicado da semana passada, quando reduziu a taxa Selic em 25 pts-base, para seu piso histórico de 6,75% a.a.
O Copom citou agora como fator decisivo a continuidade de um ambiente com inflação em nível confortável ou baixo. Reforçando esta percepção, a inflação ao atacado pelo IGP-10 desacelerou.
Em suma, o panorama geral, externo e doméstico, prosseguiram favoráveis, permitindo nova evolução do índice brasileiro, que tornou a superar os 84 mil pts. O destaque do dia, como contribuidor ponderado para a alta foi a Vale ON (VALE3), depois o setor de varejo, a Petrobras e o setor de bancos. Vale ressaltar que 6ª feira, 16.02, é o dia final da “zeragem” deste vencimento de opções sobre ações, cujo exercício findará na próxima 2ª feira, 19.02.
Ibovespa.
Assim como ontem, o índice avançou rapidamente de início e logo suplantou os 84 mil pts. A partir daí, entre idas e vindas em campo positivo, ficou oscilando ao redor dos 84.300 pts - praticamente a pontuação de fechamento.
O Ibovespa encerrou aos 84.290 pts (+0,90%), acumulando +4,19% na semana, -0,73% no mês, +10,32% no ano e +24,00% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 10,700 bilhões, sendo R$ 10,410 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
No último dado disponível, na 6ª feira, 09.02, houve saída líquida de R$ 905,934 milhões da bolsa, subindo o saldo negativo para R$ 4,324 bilhões em fevereiro. Em 2018, a Bovespa acumula ingresso de R$ 5,225 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-10 / FGV (Índice Geral de Preços - 10) desacelerou para +0,23% em fevereiro, versus +0,79% em janeiro – consenso em +0,34%. IPA-10 tiveram alta de 0,09% no mês, ante uma elevação de 1,06% em janeiro. Os seus três subíndices assim performaram: o IPA-10 em +0,09% (+1,06% em janeiro), o IPC-10 em +0,57% (+0,36% em janeiro) e o INCC-10 em +0,32% em fevereiro (+0,08% em janeiro). O indicador passou a acumular +1,02% no ano e -0,42% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário), na contramão do mercado internacional, terminou em alta hoje. O motivador foram os ajustes internos de posicionamentos dos agentes após a firme queda de ontem.
O dólar americano terminou cotado a R$ 3,2290 (+0,28%), acumulando -2,00% na semana, +1,19% no mês, -2,59% no ano e +5,52% em 12 meses.
Risco País.
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou a 155 pts, contra 164 pts da véspera, 09.02.
Juros.
Mais um dia em que a curva da estrutura da taxa de juros recuou como um todo, dando continuidade ao movimento da véspera, mas, em menor magnitude. O comportamento foi reflexo da visão no dia sobre o Brasil prosseguir benéfica.
Para a semana:
Brasil: IPC FIPE Semanal e Volume do setor de serviços;
Japão: Balança comercial e Produção industrial;
Reino Unido: Vendas no varejo;
EUA: Construção de casas novas, Licenças para construção e Índice de confiança do consumidor da Univ de Michigan.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 15.02.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e WESLEY BERNABE, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos
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