Diário do Mercado na 5ª feira, 14.12.2017
Mercados externos sofrem realizações e impactam Ibovespa
Resumo.
As quedas dos principais índices acionários mundo afora, impactou o mercado doméstico. Vale lembrar que também houve hoje a ratificação que a reforma da previdência não será mais votada este ano, podendo ocorrer em fevereiro de 2018, ampliando o mau humor dos agentes.
Assim, o índice brasileiro tornou a cair, variando -0,67%, após já ter tido perda de -1,22% na véspera. O índice abriu e operou em baixa por toda a sessão, tentando recuperar parte das perdas quando da abertura positivas das bolsas em Nova York.
Todavia, o índice doméstico voltou a perder força, visto que as bolsas norte-americanas seguiram declinando, em razão da elevação do ceticismo quanto a aprovação da reforma tributária do governo de Trump. Já o dólar encerrou em sua sexta alta consecutiva, bem como a curva dos juros futuros prosseguiram com majoritária elevação na parte mais longa.
Ibovespa.
O índice operou em campo negativo durante toda a sessão, recuando até -1,30%, pouco abaixo do patamar dos 72 mil pontos ainda pela manhã. A reviravolta adversa nas bolsas de Nova York e o cenário político doméstico pesaram negativamente sobre o índice. Bradesco, Itaú e Petrobras foram destaques de baixa. Na ponta positiva, companhias exportadoras avançaram.
O Ibovespa encerrou aos 72.428 pts (-0,67%), acumulando +0,25% na semana, +0,64% no mês, +20,26% no ano e +24,42% em 12 meses. O forte volume preliminar da Bovespa foi de R$ 12,771 bilhões, sendo R$ 12,583 bilhões no mercado à vista.
Vale ressaltar que o exercício de opções sobre ações se dará na próxima 2ª feira, 18.12, a partir daí, a liquidez deverá se estreitar. Na 3ª feira, 12.12, houve entrada de capital externo de R$ 401,030 milhões na bolsa, com o saldo positivo de dezembro indo a R$ 443,109 milhões. No ano, o ingresso líquido acumula agora R$ 10,205 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-10 (FGV) acelerou a +0,90% em dezembro, ante +0,24% em novembro – consenso em +0,81%, acumulando deflação de -0,42% em 2017. Nos EUA, as vendas no varejo subiram +0,8% em novembro, contra +0,5% em outubro – consenso em +0,3%.
Na Europa, o Banco Central Inglês (BoE) e o Banco Central Europeu (BCE) mantiveram as taxas de juros em 0,500% e 0,250%, respectivamente. No Japão, a produção industrial (A/A) cresceu +5,9%. Na China, as vendas no varejo oscilaram +10,2% em novembro, contra +10,0% em outubro – consenso em +10,3%. Já a produção industrial variou +6,1% em novembro, ante +6,2% em outubro – consenso em +6,1%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou ao longo do dia com valorização ante o real – que teve umas da piores performances dentre as principais moeda. A máxima intradiária foi atingida nas duas horas finais da sessão quando a divisa chegou a valer R$ 3,3460 (+0,72%).
O dólar fechou cotado a R$ 3,3360 (+0,42%), acumulando +1,21% na semana, +2,58% no mês, +2,58% no ano e -0,77% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 168 pts, ante 165 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com predominante alta. Os vértices de curto prazo fecharam mais próximos da estabilidade, ao passo que as taxas de médio e longo prazos tiveram elevações significantes – em razão da apreciação do dólar e dos cenários político externo e doméstico.
Para a sexta-feira.
Brasil: Volume do setor de serviços IBGE, Atividade econômica, Confiança industrial CNI e Coleta de impostos;
EUA: Índice Empire State - manufatura em Nova York, Produção industrial, Utilização da capacidade e Produção manufatureira (SIC);
China: Investimento estrangeiro direto e New Yuan Loans.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 14.12.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e Ricardo Vieites, CNPI, ambos do BB Investimentos.
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