Diário do Mercado na 4ª feira, 13.12.2017
Mais um dia de reversão de tendência ao longo do dia
Resumo.
O mercado doméstico permaneceu marcado nesta sessão pela tônica do mês de dezembro, a volatilidade. O Ibovespa decaiu e entrou em campo negativo do meio da tarde em diante, após navegar em campo positivo desde a abertura.
Declarações de membros do governo terminaram levando aos agentes uma percepção que houve arrefecimento das chances da votação da reforma da previdência ainda este ano. No exterior, ocorreu a já prevista elevação na taxa de juros pelo Fed, para o intervalo de 1,25% a 1,50%.
Ibovespa.
O índice operou em alta até o meio da tarde, com o prolongamento do noticiário político do dia anterior, mas, a partir daí, experimentou queda firme até o fim da sessão.
O comunicado adiamento da votação da agenda de reformas por agente do governo, bem como a aguardada elevação na taxa dos Fed funds derrubaram a bolsa na segunda parte do pregão – devolvendo boa parte dos ganhos da sessão anterior.
Dentre os destaques de queda ficaram Petrobras e o setor financeiro, por outro lado, Cosan Kroton e o setor de telecomunicações valorizaram.
O Ibovespa encerrou aos 72.918 pts (-1,22%), acumulando +0,25% na semana, +1,31% no mês, +21,07% no ano e +23,00% em 12 meses.
O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 16,144 bilhões, sendo R$ 15,892 bilhões no mercado à vista – incluindo o volume decorrente do vencimento do índice futuro e de opções sobre o índice.
Na 2ª feira, 11.12, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 393,237 milhões na bolsa, deste modo, o saldo em dezembro passou a ficar positivo em R$ 42,079 milhões. No ano, o saldo acumula ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 9,804 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, as vendas no varejo recuaram -0,9% em outubro, ante +0,5% em setembro – abaixo do consenso de +0,2%. Na comparação com out/16, o índice desacelerou a +2,5%, ante +6,2% na leitura anterior – com a projeção em +5,0%.
Já as vendas no varejo ampliado caíram -1,4% em outubro, contra +0,7% em setembro enquanto o mercado esperava variação de -0,2%. O índice teve oscilação de +7,5% na comparação anual, frente a +9,2% (set/17 – set/16) – abaixo do consenso de +9,4%.
Nos EUA, o núcleo do índice de preços ao consumidor variou +0,1% em novembro, ante +0,2% em outubro – com projeção em +0,2%. Na comparação anual o índice subiu +1,7%, contra +1,8% na leitura anterior – enquanto o aguardado pelo mercado era +1,8%. Já o Fomc decidiu pela elevação na taxa de juros em 25 pts-base, para o intervalo de 1,25% a 1,50%, em linha com o consenso – já precificada.
Na Alemanha, o IPC oscilou +1,8% na comparação anual, frente a +1,8% na leitura anterior – igualando a projeção de +1,8%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) navegou durante toda a sessão em terreno negativo, acompanhando comportamento da moeda no exterior. Todavia, a divisa passou a registrar as máxima a poucos minutos do fim do pregão, aproximando-se da estabilidade.
O dólar fechou cotado a R$ 3,3220 (-0,12%), acumulando +0,79% na semana, +1,59% no mês, +2,15% no ano e -0,09% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu a 165 pts, ante 167 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com predominante baixa, diante de noticiário político interpretado como positivo pelo mercado.
Para a quinta-feira.
Brasil: IGP-10 (FGV);
EUA: Novos pedidos seguro-desemprego, Vendas no varejo, PMI Manufatura e Estoques de empresas;
Reino Unido: BoE - decisão de juros;
Zona do euro: BCE – decisão de juros; Alemanha: PMI Manufatura;
França: IPC e PMI Manufatura;
China: Vendas no varejo, Produção industrial;
Japão: Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 13.12.2017, elaborado por Hamilton Moreira Alves, CNPI-T, e Ricardo Vieites, CNPI, ambos do BB Investimentos.
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