Diário do Mercado na 5ª feira, 07.12.2017
Cenário político pesa e Ibovespa registra queda
Resumo.
A manhã no mercado doméstico ficou marcada pelo aumento do ceticismo dos agentes em relação ao avanço da reforma da previdência ainda em 2017. As especulações ainda indicam certa distância entre o número de votos já angariados e o número de votos necessários para a aprovação do texto.
Neste contexto, o Ibovespa experimentou forte queda pela manhã, bem como o dólar e os juros futuros registraram expressivas elevações. No decorrer da sessão, o bom humor nos mercados externos alicerçou a recuperação de parte das perdas no Ibovespa, não evitando, entretanto, recuo significativo ao final do pregão.
Ibovespa.
O índice principiou a sessão com queda firme, atingindo a mínima intradiária ainda pela manhã, aos 71.356 pts (-2,61%). O driver da queda foi a falta de avanços da base governista na articulação de votos para a aprovação da reforma da previdência, alastrando pessimismo entre os agentes.
Ao longo do dia, os bons ventos do exterior aliviaram a pressão baixista e o Ibovespa fechou no patamar dos 72 mil pts. Vale, B3, Bradesco e Kroton pesaram negativamente, enquanto Embraer, Santander e BB Seguridade valorizaram.
O Ibovespa encerrou aos 72.487 pts (-1,07%), acumulando +0,31% na semana, +0,10% no mês, +20,36% no ano e +18,03% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 9,226 bilhões, sendo R$ 8,922 bilhões no mercado à vista. Na terça-feira (05), os investidores estrangeiros retiraram R$ 368 milhões da bolsa. No ano, o saldo acumula ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 9,428 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-DI (FGV) registrou alta de +0,80% em novembro, ante elevação de +0,10% em outubro – acima do consenso de +0,64%. No ano, o índice acumula queda de -1,15% e nos últimos 12 meses tem redução de -0,33%.
Nos EUA, o crédito ao consumidor subiu a US$ 20,519 bilhões em outubro, frente a US$ 19,211 bilhões em setembro – acima do esperado pelo mercado US$ 17,000 bilhões.
Na Alemanha, a produção industrial recuou -1,4% em outubro, contra -0,9% em setembro – abaixo da projeção de +0,9%. Na comparação anual, o índice sobe +2,7%.
Na zona do euro, o PIB avançou +0,6% no 3T17, mesma elevação observada na leitura anterior e em linha com o consenso.
Câmbio e CDS.
O crescimento do ceticismo dos agentes no que diz respeito à reforma da previdência impulsionou o dólar comercial (interbancário), que abriu o pregão com forte alta, chegando a valer R$ 3,3150 (+2,53%) na máxima intradiária.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2890 (+1,73%), acumulando +1,08% na semana, +0,40% no mês, +1,14% no ano e -3,32% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 166 pts, ante 163 pts da véspera.
Juros. O mau humor no mercado abafou o corte de 50 pontos-base da Selic na véspera e os juros futuros encerraram a sessão regular em alta. A elevação foi mais firme nos vértices de médio e longo prazos da curva.
Para a 6ª feira.
Brasil: IPC-S (FGV) e IPCA (IBGE);
EUA: Payroll - Criação vagas economia, Taxa de desemprego, Estoques no atacado, Vendas de negócio no atacado e Sentimento Universidade de Michigan;
França: Produção industrial;
Reino Unido: Produção Industrial;
China: IPC e IPP.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 08.12.2017, elaborado por José Roberto dos Anjos, CNPI-P. e Ricardo Vieites, CNPI, ambos do BB Investimentos
Artigos sobre Franchising e Mercados, Economia, Finanças e Gestão
Artículos en espanhol
Articles en français
Articles in English
Colunistas
Artes, Cultura e Variedades
Feiras e Eventos
Responsabilidade Sócio-Ambiental
Economia e Finanças
Política
Internacional
Meio Ambiente
Empresas Fornecedoras
