Diário do Mercado na 5ª feira, 19.10.2017
Bolsa recua sem força, com volume financeiro mais fraco
Resumo.
O dia foi de aversão ao risco no mercado internacional, com realizações nos mercados europeus e com as bolsas de Nova York patinando, o que acabou refletindo em baixo fluxo no mercado doméstico.
Não obstante, domesticamente, os agentes interpretaram positivamente os dados do Caged, que registrou o sexto resultado positivo consecutivo. A arrecadação federal veio um pouco acima das expectativas e do resultado do mês anterior.
No exterior, o PIB da China veio em linha com o esperado, mas, houve maior aversão ao risco com a intensificação das tensões na Catalunha, após o governo espanhol aventar a possibilidade de retirar a autonomia da região, depois de ficar sem resposta oficial sobre a declaração de independência unilateral
Ibovespa.
O índice principiou a sessão em tendência declinante, seguindo assim até o atingimento da mínima do dia, aos 75.365 pts (-1,60%), às 13h50. A partir daí, foi paulatinamente reagindo, recuperando boa parte das perdas, insuficiente, no entanto, para encerrar em campo positivo.
A maior parte dos papéis do índice fecharam com desvalorizações, a exemplo do setor bancário e a Petrobras. A Vale e o setor de siderurgia suavizaram as perdas com valorizações.
O índice doméstico fechou aos 76.283 pts (-0,40%), acumulando -0,92% na semana, +2,98% no mês, +26,66% no ano e +20,12% em 12 meses. O baixo volume preliminar da Bovespa foi de R$ 7,264 bilhões, sendo R$ 7,037 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 3ª feira, 16.10, último dado disponível, a entrada líquida de capital estrangeiro na bolsa foi de R$ 196,810 milhões. O saldo está positivo tanto no mês de outubro como no ano, atingindo R$ 477,413 milhões e R$ 15,260 bilhões respectivamente.
Agenda Econômica.
No Brasil, a criação de empregos formais foi de 34.392 vagas em agosto, contra 35.457 em julho – favoravelmente, foi o sexto mês positivo consecutivo, apesar de ter vindo abaixo do esperado (60.500 vagas). O indicador passou a acumular geração de 208.874 postos de trabalho no ano e redução de vagas em 12 meses diminuiu para 466.654. A arrecadação federal foi de R$ 105.595 milhões em setembro, ante R$ 104.206 milhões em agosto – melhor do que o consenso de R$ 104.000 milhões.
Nos EUA, o índice antecedente variou -0,2% em setembro, ante +0,4% em agosto – consenso em +0,1%. Na China, o PIB (A/A) foi de +6,8% no 3T17, contra +6,9% no 2T17, em linha com o consenso e na trajetória de “soft landing” esperada. As vendas no varejo variaram +10,3% em setembro, ante +10,1% em agosto – consenso em +10,2%. A produção industrial oscilou +6,6% em setembro, ante +6,0% em agosto – consenso em +6,5%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu a sessão em alta, em dia de cautela no mercado internacional e de baixa liquidez no mercado de câmbio doméstico. A divisa operou na maior parte do pregão acima de R$ 3,1700, encerrando cotada a R$ 3,1750 (+0,25%), próximo à máxima intradiária. Assim , passou a acumular +0,83% na semana, +0,25% no mês, -2,37% no ano e +0,25% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu aos 171 pts, mais baixa pontuação em quase três anos, ante 175 pts de ontem.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão em baixa, com destaque para a ponta longa da curva, com queda mais consistente, motivado pelo dado da arrecadação.
Para a sexta-feira.
No Brasil: IGP-M 2ª P, IPCA-15 IBGE e Confiança do consumidor CNI. Nos EUA: Vendas de casas já existentes.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feir, 19.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES, todos da equipe do BB Investimento
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