Diário do Mercado na 4ª feira, 19.10.2017
Bolsa resiliente resiste acima dos 76 mil pontos
Resumo.
No panorama doméstico, a bolsa teve alto volume de negociação em dia de vencimento de índice futuro e de opções sobre o Ibovespa.
O IBC-Br (índice de atividade econômica do Banco Central) veio aquém do esperado e, inicialmente, preocupou os agentes, mas, foi apenas um efeito pontual e o mercado seguiu acreditando na recuperação gradativa da economia.
No cenário político, seguem as discussões sobre a segunda denúncia da PGR contra membros do governo na CCJ Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
No exterior, a divulgação do Livro Bege do Fed trouxe a percepção que a economia local vem crescendo comedidamente e a expansão do emprego ocorre de maneira moderada - informações que não alteraram as chances de aumento da taxa de juros dos EUA e não fizeram preço nas bolsas locais, que ainda encerraram positivas.
Ibovespa.
O índice principiou ascendente, depois de duas sessões de realizações. A tendência perdeu força ainda na primeira meia hora de pregão, chegando a operar em terreno negativo no início da tarde, quando bateu na mínima do dia aos 76.012 pts (-0,24%), com a divulgação do IBC-Br.
Passado este efeito inicial, recuperou-se e encerrou o dia em alta, com o setor varejista registrando expressivos ganhos depois do “tombo” anterior sofrido com a notícia de planos de expansão da Amazon no mercado brasileiro.
Em contrapartida, alguns dos principais papéis recuaram, a exemplo do setor bancário e da Vale.
O índice doméstico fechou aos 76.591 pts (+0,51%), acumulando -0,52% na semana, +3,09% no mês, +27,17% no ano e +20,08% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 19,416 bilhões, incluindo os valores dos vencimentos do dia.
Na 2ª feira, 16.10, último dado disponível, a entrada líquida de capital estrangeiro na bolsa foi de R$ 199,060 milhões, acumulando agora entradas de R$ 280,6 milhões em outubro e de R$ 15,064 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-10 (FGV) oscilou +0,49% em outubro, frente a +0,39% em setembro - abaixo do consenso de +0,52%. No desdobramento do índice, o IPA-10 foi de +0,67% (+0,55% em setembro), o IPC-10 foi de +0,18% (0,00% em setembro) e o INCC-10 foi de +0,11% (+0,35% em setembro).
Já o IBC-Br (atividade econômica) variou -0,38% em agosto, ante +0,36% em julho, abaixo da projeção de -0,25%. Na visão do mercado, o recuo não preocupa e a economia deve continuar a crescer de maneira gradual.
Nos EUA, a construção de casas novas recuou para -4,7% em setembro, contra de -0,2% em agosto – consenso em -0,4%. Já as permissões para a construção de residências teve retração de -4,5% em setembro, frente a +3,4% em agosto, - consenso em -2,1%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) abriu o pregão em baixa, realinhando-se ao comportamento da divisa no exterior ainda pela manhã. Chegou a ser cotado a R$ 3,1800 no início da tarde, quando passou a perder parte da valorização, mas, encerrou cotada a R$ 3,1670 (+0,16%), acumulando +0,57% na semana, 0,00% no mês, -2,61% no ano e -0,44% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos desceu aos 175 pts, renovando a mais baixa pontuação desde dezembro de 2014, ante 177 pts da véspera.
Juros.
Em dia de baixo volume, os juros futuros encerraram a sessão perto da estabilidade, com ligeiros ajustes para baixo. As pequenas variações foram observadas principalmente na ponta longa da curva.
Para a quinta-feira.
Nos EUA: Novos pedidos seguro-desemprego, Panorama dos negócios Fed da Filadélfia e Índice antecedente. Reino Unido: Vendas no varejo exc. combustível de auto e Vendas no varejo inc. combustível de auto. China: PIB, Vendas no varejo e Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 18.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES.
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