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Investimentos

20 de Junho de 2017 as 23:06:09



INVESTIMENTOS - O Mercado na 3ª feira: Bolsa cai 2,01%; Dólar sobe a R$ 3,332


Diário do Mercado na 3ª feira, 20.06.2017
 
Realizações no exterior pesaram e rejeição da reforma trabalhista contribuiu para um maior mau humor doméstico.
 
Resumo.
 
O mercado ficou surpreso com a rejeição do texto da reforma trabalhista na CAS (Comissão de Assuntos Sociais) do Senado Federal, por 10 x 9 votos, e ainda aprovou parecer de um senador da oposição em seu lugar, que recomendou a recusa integral da proposta.
 
Em verdade, os agentes consideraram como uma derrota para o governo, apesar da medida ainda ir para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e os relatórios das três comissões pelas quais transitou (CAE, CAS e CCJ) ir para votação em plenário.
 
Muitos boatos sobre a possível denúncia da PGR no caso da delação da JBS, mas, nada de concreto surgiu.
 
Neste panorama, o humor dos investidores, que já não estava bom com as quedas dos índices acionários no exterior, azedou de vez, fazendo com que o índice brasileiro caísse ainda mais, para encerrar na mínima do dia.
 
Enfim, em momentos de incerteza, existe uma clara preferência do mercado em “viver um dia de cada vez”. 
 
 
Ibovespa.
 
O índice doméstico abriu decaindo, com a queda se acentuando por volta das 13h, fazendo com que perdesse um importante suporte na casa dos 61.200 pts, induzindo o chamado “stop loss” (perda máxima), que levou a uma maior pressão vendedora.  
 
As ações da Petrobras sofreram reveses também com a baixa do petróleo no mercado internacional. As ações da Vale e do setor de bancos caíram com realizações, mas a baixa foi generalizada no pregão.
 
 
O Ibovespa fechou aos 60.766 pts (-2,01%), acumulando agora -1,40% na semana, -3,10% no mês, +0,90% no ano e +20,74% em 12 meses.  O dado preliminar do firme giro financeiro da Bovespa foi de R$ 8,117 bilhões, sendo R$ 7,810 bilhões no mercado á vista. 
 
 
Capitais Externos na BolsaNo último dado disponível, o capital estrangeiro teve saída líquida de R$ 377,474 milhões no dia 16 de junho, aumentando o saldo negativo no mês para R$ 1,938 bilhão. O saldo acumulado em 2017 está em R$ 3,721 bilhões.
 
 
Agenda Econômica.  
 
CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho mostrou geração de 34.253 postos de trabalho em maio, ante mais 59.856 em abril, vindo acima do consenso de mercado de 15.500.
 
Destaque absoluto para o  setor agropecuário, que sozinho foi responsável pela contratação líquida de 46.049 novos postos de trabalho no mês.
 
Em 2017, o indicador passou a acumular saldo líquido de 48.543 vagas, contra perda de 448 mil empregos nos cinco primeiros meses do ano passado.
 
A receita federal informou que a arrecadação de impostos e contribuições foi de R$ 97,694 bilhões em maio (queda real de 0,96% frente a maio de 2016), ante R$118,047 bilhões em abril, ficando pouco abaixo do consenso de R$99,037 bilhões. No acumulado do ano, a coleta atingiu R$ 544,485 bilhões, com ganho real de 0,35% sobre o mesmo período em 2016.
 
 
Câmbio e CDS.
 
O dólar comercial (interbancário) já abriu em alta com o pior humor externo e ascendeu ainda mais após a rejeição da reforma trabalhista na parte da tarde, levando a divisa a encerrar novamente acima de R$ 3,30.
 
 
A moeda fechou cotada aos R$ 3,3320 (+1,31%), acumulando +1,28% na semana, +3,13% no mês, +2,496% no ano e -1,97% em 12 meses.
 
 
Risco País - O CDS brasileiro de 5 anos oscilava em alta, aos 244 pts, ante 238 pts da véspera.
 
 
Juros.
 
A elevação da aversão ao risco, que levou a uma desvalorização cambial, influenciou diretamente nas altas dos DIs no dia. Assim, a curva da estrutura a termo da taxa de juros manteve sua diária trajetória volátil, subindo como um todo no pregão, apesar da percepção de uma inflação futura menor pelos agentes.  
 
Eventos da semana.
 
No Brasil, o mercado seguirá monitorando os desdobramentos dos imbróglios políticos,. Em termos de agenda, na quinta-feira sairá o RTI (Relatório Trimestral de Inflação) do Banco Central e na sexta-feira  o IPCA-15 (prévia do IPCA) de junho, que deve mais uma vez apresentar pequena variação (em torno de 0,10%) e denotar a continuidade da trajetória cadente da inflação.
 
No exterior, tão somente, depois da decisão do Fomc da semana passada, discursos de dirigentes do Fed: Fischer, Dudley, Evans, Rosengren e Bullard.
 
No Japão, divulgação da ata do BoJ e Kuroda discursará. Já China e zona do Euro não trazem indicadores de maior realce. 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 20.06.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, ambos do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, ambos do BB Investimentods





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