BB-BI - Renda Fixa - Análise Semanal de Mercado - 22/05/2017
Aversão ao risco se intensifica e CDS Brasil testa novo limite
Repercutindo o atual cenário político e as atuais expectativas com a condução das reformas trabalhista e previdenciária, os mercados configuram uma intensa ruptura com os padrões de comportamento anteriores, como reflexo de um choque de aversão a risco.
Dessa forma, tanto a inclinação positiva da curva DI quanto o dólar e o CDS Brasil se alinharam em uma forte tendência de alta e passaram a compartilhar uma mudança expressiva de patamar.
O CDS merece especial atenção por ter se afastado com força da linha de 213 pontos, em direção a cotações mais altas (com ápice em 277), perdendo efetivamente o padrão de baixa destacado nos últimos estudos.
Dessa forma, a superação dessa referência (conhecida como linha de inversão) reflete a predominância de vetores altistas e, nos últimos dias, foi confirmada pelos indicadores gráficos de força e convergência de médias.
Neste momento, cabe ressaltar que o atual patamar de 250 pontos representa outro importante referencial sob o aspecto gráfico, uma vez que coincide com a média de 200 dias (com forte poder explicativo) e, simultaneamente, toca uma linha de baixa iniciada na virada do ano.
Em outras palavras, a superação do atual nível de 250 pontos seria capaz de confirmar um novo reforço ao movimento de alta, ou, caso não ocorra, poderia situar o CDS no campo atual.
Derivativos de juros – DI Futuro (% a.a.)
a) A curva DI apresentou um incremento historicamente forte, em toda a extensão, com acentuado aumento da inclinação positiva e elevada liquidez (em média diária de 2.467,4 mil transações)
b) A curva DI apresentou um incremento historicamente forte, em toda a extensão, com acentuado aumento da inclinação positiva e elevada liquidez (em média diária de 2.467,4 mil transações)
c) A semana registrou dois momentos antagônicos: até a quarta-feira, um forte registrou dois momentos antagônicos: até a quarta-feira, um forte recuo dos juros, diante da inflação enfraquecida; na quinta-feira, acentuada alta, em linha com o cenário político
d) O Relatóio Focus ainda não capturou a tendência observada nos mercados, mantendo a expectativa para a Selic em 8,50% para os dois anos; recuo para o IPCA (3,92% em 2017 e 4,34% em 2018); PIB em 0,50% (2017) e 2,50% (2018); câmbio em R$ 3,23 (2017) e R$ 3,36 (2018)
Juro Real pela NTN-B (IPCA + cupom % a.a.)
a) Em linha com a maior demanda por prêmios de risco, os yields da NTN-B apresentaram acentuado incremento, em todos os vencimentos, mas de forma mais intensa entre mai/2019 e ago/2026
b) O rendimento médio dos papéis, elevou-se expressivamente de 5,31% para 5,70% (considerando o yield médio da curva em todos os vencimentos)
FRA Cambial (% a.a.)
a) Os rendimentos do FRA Cambial acompanharam os juros DI e se elevaram acentuadamente em todos os vencimentos (com pouca influência do desconto cambial)
Dólar Comercial (BM&F)
a) O objetivo baixista calculado em R$ 3,09 foi alcançado, mas a cotação do dólar se elevou drasticamente, com ruptura das tendências observadas até então, refletindo um forte movimento de estresse
b) O extenso gap de abertura no dia 18 abre espaço para um possível movimento de queda no curtíssimo prazo, a fim de retomar o nível de R$ 3,13
c) No entanto, esta atual volatilidade configura tendência indefinida, em torno da média de R$ 3,26
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado de renda fixa, Análise Semanal do Mercado de Renda Fixa, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P e JOSE ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, ambos do BB Investimentos
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