Jornalistas brasileiros que investigavam caso Odebrecht são presos na Venezuela
Os jornalistas brasileiros Leandro Stoliar e Gilson Souza, da TV Record, foram presos por volta das 12h (horário local) de sábado, 11.02, no estado de Zulia, norte da Venezuela.
A equipe foi detida pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), juntamente com dois ativistas venezuelanos, José Urbina e María Jose Túa.
Segundo a ONG Transparência Venezuela, os jornalistas brasileiros investigavam denúncias de suborno por parte da construtora Odebrecht no país vizinho.
“Uma comissão do Sebin os deteve e os escoltou até a sede do serviço, em Maracaibo, para uma entrevista. Ao chegarem, tiveram seus telefones celulares apreendidos”,
informou, por meio de nota.
Também por meio de comunicado, a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) informou que todo o equipamento e material jornalístico produzido pela equipe foram apreendidos e que repudia veementemente a medida adotada pelo governo venezuelano.
“Tal decisão é abominável e digna apenas de regimes ditatoriais que não aceitam o livre exercício da imprensa e temem a verdade. (... ) O Itamaraty já foi acionado e afirmou que a missão diplomática brasileira na Venezuela já está envolvida no caso para assegurar a libertação dos profissionais brasileiros. A Abratel acompanha a resolução do referido caso e não descansará enquanto estes profissionais não estiverem em liberdade e em pleno gozo dos seus direitos como cidadãos e profissionais”,
concluiu a nota.
Atualização da Informação
Os dois jornalistas brasileiros da TV Record detidos na Venezuela no sábado, 11.02, foram liberados e devem sair do país vizinho neste domingo 12.02, informou o Ministério das Relações Exteriores.
O horário da soltura não foi informado. O Itamaraty aguarda os profissionais deixarem o solo venezuelano para manifestar-se em nota sobre o episódio.