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Investimentos

27 de Setembro de 2016 as 22:09:53



INVESTIMENTOS - O Mercado na 3ªfeira: Atenuação da questão do Deutsche Bank


Diário do Mercado, na 3ªfeira, 27.09.2016
 
Mercado subiu com a atenuação da questão do Deutsche Bank, após queda inicial devido a preços de commodities.
 
 
Nesta 3º feira, o mercado oscilou refletindo uma miríade e diversidade de fatores. Pela manhã, aguardavam-se os impactos advindos do primeiro debate presidencial nos EUA, na noite anterior.
 
Em verdade, deveria haver até uma ligeira visão positiva, visto que foi consenso que a candidata democrata Hillary Clinton foi a vencedora do embate, trazendo algum alento ao mercado, que interpreta sua vitória no pleito, marcado para novembro próximo, como a menos traumática para o atual status quo global do mercado financeiro.
 
Todavia, inicialmente, acabou acarretando pouco peso. Ao longo da manhã, inflamaram-se os ânimos no mercado do petróleo, cujas cotações dos barris tipo WTI e tipo Brent sofreram violenta queda devido às incertezas quanto a um acordo para corte na produção por parte dos países produtores, receios estes exacerbados ainda por reunião informal a acontecer amanhã na Argélia.
 
O movimento foi forte o suficiente para influenciar os mercados acionários pelo mundo, que operaram em queda na maior parte da manhã.
 
No entanto, o bom humor retornou ao longo da tarde, na esteira de um possível alívio em relação ao Deutsche Bank, cuja ação teve forte queda ontem.
 
O Departamento de Justiça norte-americano citou que as penalidades impostas as instituições financeiras poderão ser reduzidas caso colaborem com as investigações sobre irregularidades com títulos hipotecários.
 
Assim, derradeiramente, dados positivos da agenda nos EUA, como a confiança do consumidor, e no Brasil, o Relatório Trimestral de Inflação – que aumentou o otimismo com o início do ciclo de afrouxamento monetário para a próxima decisão do Copom (19.09), correram por fora e somaram-se à boa performance de recuperação dos papéis do setor financeiro, fazendo a balança pender para o lado otimista e sustentar um dia de alta na bolsa brasileira, sobrepujando as quedas dos preços de commodities.
 
 
Ibovespa
 
Por aqui o Ibovespa fechou aos 58.382 pts (+0,57%), acumulando -0,54% na semana, +0,83% no mês, +34,68% no ano e +30,23% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,74 bilhões, com o mercado à vista somando R$ 5,53 bilhões.
No último dado disponível (6ª feira, dia 23), houve retirada líquida de R$ 47 milhões de capital estrangeiro da Bovespa, acumulando evasão de R$ 1,65 bilhão em setembro, mas, com saldo positivo de R$ 13,36 bilhões em 2016.
 
 
Relatório Trimestral de Inflação
 
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), internamente, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado pelo Bacen, trouxe as novas projeções da instituição acerca da dinâmica inflacionária nos cenários de referência e de mercado para os anos vindouros.
 
Para o mercado, de forma institucional, o documento parece até ter reiterado algumas incertezas quanto ao ritmo e magnitude do processo desinflacionário em curso, bem como apontado riscos para a consolidação de um panorama mais otimista.
 
Todavia, em nossa leitura, vislumbramos, com a alteração do nível do IPCA (inflação ao consumidor) ao término de 2017 para 4,40% no cenário de referência (câmbio e juros constantes nos atuais R$ 3,30 e 14,25% a.a., respectivamente) versus 4,70% projetados no último RTI em junho, a abertura em definitivo da janela para principiar o corte da taxa básica Selic já na próxima decisão do Copom, neste sequente dia 19 de setembro.
 
O documento veio corroborando o IPCA-15, divulgado na semana passada, que trouxe o tão aguardado arrefecimento do preço dos alimentos, antecipando um maior ritmo da queda da inflação nos meses vindouros, viabilizando então este início do ciclo de afrouxo.
 
EUA
 
Externamente, nos EUA, o Índice de Confiança do Consumidor surpreendeu positivamente não apenas por apresentar leitura de 104,1 em setembro, excedendo com larga margem as estimativas do mercado que situavam-se em 98,8 (mediana), bem como registrou o seu maior nível desde a recessão de 2008.
 
 
Juros
 
No mercado de juros, a curva da estrutura a termo da taxa de juros recuou ao longo de toda a sua extensão, refletindo majoritariamente os ajustes com as importantes alterações no RTI do Bacen, que consolidou as apostas quanto ao prelúdio do ciclo de afrouxo monetário já no próximo encontro do Copom (Banco Central).
 
 
Câmbio e Juros Futuros
 
No mercado de câmbio (interbancário), o dólar fechou em baixa, cotado a R$ 3,2320 acumulando variações de -0,31% na semana, +0,19% no mês, -18,40% no ano e -18,57% em 12 meses.
 
A divisa cedeu perante a maioria dos pares no mercado global na sessão, muito por conta da percepção atual com o quadro político nos EUA, não sendo diferente com o real. O CDS (Credit default Swap) brasileiro de 5 anos, seguindo o recuo global da aversão ao risco, cedeu a 273 pts, ante 280 pts de ontem, 26.09.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatóriod e análise do comportamento do mercado, na 3ª feira, 27.09.2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, do BB Investimentos. 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, do BB Investimentos.





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