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Investimentos

Sábado, Dia 30 de Julho de 2016 as 21:07:10



INVESTIMENTOS - AÇÕES - Carteira Sugerida em Agosto/2016: Bons Ventos


Carteira Sugerida de Ações  -  Agosto de  2016
 
Bons Ventos Deverão Prosseguir
29.07.2016
 
Perspectivas. 
 
Para agosto, o quadro geral externo denota que as principais economias globais tenderão a manter uma política monetária branda, podendo até haver incremento de novos estímulos, cujo foco se situa sobre Japão, Reino Unido e Zona do Euro, o que contribuiria com mais liquidez para os mercados.
 
Vale lembrar ainda que agosto é o mês no qual o hemisfério norte opta por férias, bem como, frequentemente de volatilidade menor nas bolsas de valores.
 
Domesticamente, a percepção é de que não haverá surpresas políticas e que prosseguirão entendimentos no Congresso sobre o ajuste econômico a ser efetivado.
 
De modo favorável, vistos como indicadores antecedentes, tanto o índice de confiança do consumidor, como o índice de confiança na indústria deverão prosseguir em tendência de recuperação.
 
Assim, neste momento, não se vislumbram sinais adversos mais significativos para os mercados de renda variável, abrindo espaço para a continuidade da tendência ascendente dos dois últimos meses.
 
 
Análise Gráfica do Ibovespa
 
A indefinição configurada no mês anterior cedeu lugar a uma reversão altista de curto prazo, que visa à linha de resistência em 58.500 e, posteriormente, em 61.300 pontos (vide gráfico). A possibilidade de reversão apontada no último estudo, no padrão semanal, rec
 
ebeu a devida confirmação durante o mês de julho e passou a configurar a atual tendência de alta, cumprindo o objetivo calculado em 56.200. 
 
Dessa forma, favorecido pelo fluxo de recursos estrangeiros, o Ibovespa superou duas Linhas de Tendência de Baixa (LTB), mas, nesta mudança de mês, começa a registrar sinais de realização de lucros, que se reflete não apenas no respeito à resistência, mas também no recuo do fluxo estrangeiro observado ao longo da última semana. 
 
A tendência de longo prazo, no entanto, ainda é de baixa, mas se o índice superar os atuais 57.400 pontos, será iniciada uma reversão também em horizonte de longo prazo.
 
 
Performance. 
 
O mês de julho foi marcado pela significativa entrada líquida de capital externo na bolsa brasileira, derivada da elevada liquidez mundial. Com a manutenção do ambiente de alívio monetário pelos principais bancos centrais, especialmente na Europa e no Japão  somada à percepção de um horizonte de aumento de juros nos EUA ainda distante, os investidores viram oportunidades e carregaram posições em mercados emergentes.
 
Internamente, destaque para a decisão do Bacen de manter a taxa básica de juros Selic inalterada – como esperado pelo mercado, justificada pelo fato de que não despontaram ainda claros sinais de arrefecimento da inflação. Não obstante, a autoridade monetária agradou o mercado ao adotar um viés de melhor comunicação com os agentes, ao divulgar uma nota explicativa fundamentando sua decisão concomitante ao anúncio. 
 
De outra mão, observaram-se sinalizações de recuperação com a retomada da confiança, tanto do empresário, quanto do consumidor, em um movimento de antecipação a uma esperada melhoria futura dos indicadores econômicos.
 
 
Vetores Fundamentalistas e Gráficos da carteira Mantidas e Incluídas
 
 
BRFS3 – Inclusão (10%). 
 
A BRF anunciou recentemente que irá segregar seu business voltado à comunidade muçulmana, dadas a força de sua marca e a expectativa positiva de demanda na região. Como resultado, apesar de não haver nenhuma decisão a respeito, a empresa poderá realizar IPO da unidade chamada Sadia Halal.
 
Os papéis da empresa têm reagido positivamente aos anúncios. Além da expectativa positiva quanto à nova divisão, percebemos movimentos na indústria de frango, de fechamento de plantas que podem minimizar os efeitos dos maiores custos. Assim, acreditamos que a empresa ainda está descontada na avaliação de múltiplos, EV/EBITDA 9x versus sua média de dois anos de 10x.
 
CIEL3 – mantida (10%). 
 
Apesar do desempenho abaixo do Ibovespa no mês de julho, mantemos a ação em nossa carteira, pois continuamos confiantes em relação ao seu desempenho.
 
A companhia divulga o resultado no primeiro dia útil de agosto, após o fechamento do mercado, e esperamos um resultado operacional positivo, com lucro líquido de R$ 989 milhões, impulsionados pelo bom desempenho do negócio de aquisição de recebíveis de venda.
 
Porém, a expectativa é de uma retração no market share de volume transacionado, conforme a Cielo já antecipou na teleconferência dos resultados do 1T16, o que acreditamos já ter sido precificado. Análise Gráfica.
 
Também em julho, o preço respeitou o canal de alta iniciado em maio, na parte superior da banda de Bollinger, acumulando força no balanceamento de volume, com apoio em indicadores gráficos. Cabe, porém, uma atenção especial à proximidade do topo histórico.
 
HYPE3 – incluída (12,5%). 
 
A Hypermarcas ainda não recuperou totalmente a desvalorização que apresentou no mês de junho, apesar da divulgação de um sólido resultado referente ao 2T16, e segue sendo negociada abaixo dos seus múltiplos históricos. Análise Gráfica. Após atingir o ápice em maio, o ativo recuou fortemente ao final de junho. No entanto, ao final de julho, o preço rompeu um triângulo simétrico, acumulando força em indicadores gráficos, e superou uma linha de tendência de baixa.
 
ITUB4 – mantida (12,5%). 
 
Acreditamos que o setor ainda poderá sofrer, no curto prazo, com a queda da qualidade da carteira, que exigirá maiores provisões. Porém, em nossa opinião, Itaú e Bradesco deverão sofrer menos neste segundo trimestre.
 
Optamos pelo Itaú, pois, apesar de ainda ser o banco privado mais rentável do setor, está apresentando uma performance de quase 30% abaixo do Bradesco, em rentabilidade acumulada no ano.
 
Além disso, a ação continua sendo negociada com um prêmio de apenas 1%, se considerarmos o múltiplo P/L, contra uma média histórica de 5% nos últimos dois anos.
 
MRVE3 – incluída (10%)
 
Com forte exposição aos programas habitacionais, acreditamos que a companhia
está bem posicionada, com operações diversificadas e desempenho recente mais resiliente do que seus pares.
 
Contam favoravelmente: 
 
(i) disponibilidade de crédito para a baixa renda (FGTS); 
(ii) forte fluxo de caixa livre;
(iii) a alavancagem mais baixa do que a maioria de seus pares; 
(iv) baixo percentual de unidades concluídas em estoque (5%); 
(v) expectativa de redução dos distratos com o programa de vendas simultâneas. 
 
Como motivo de preocupação, o ROE dos últimos doze meses está em 11,7%, abaixo do custo de capital da companhia (apesar da elevação nos últimos dois trimestres). Análise Gráfica. Em horizonte de longo prazo, a ação reverteu uma longa linha de tendência de baixa a partir de set/2015, com uma formação de fundo duplo, mas alternou altas e baixas de prazos curtos. Contudo, em julho a cotação acumulou força e superou uma linha divisória em R$ 12,55, configurando alta em direção ao topo histórico.
 
MYPK3 – incluída (10%). 
 
O resultado da Iochpe-Maxion no 1T16 ratificou que a recuperação iniciada no ano passado continuou, com um crescimento importante de receita e margens, o que vemos de forma positiva no período. Destacamos o declínio contínuo no nível de endividamento, o qual a companhia espera que atinja níveis abaixo de 3,0x EBITDA nos últimos doze meses no curto prazo e entre 2,0x-2,5x no médio prazo.
 
Esperamos que nos resultados do segundo trimestre de 2016, a serem divulgados no mês de agosto, seja mantida a tendência mencionada.
 
Análise Gráfica. Na última semana de julho, o ativo confirmou o rompimento de uma longa linha de tendência de baixa, iniciada em abril/2012, e superou a linha divisória em R$ 16,10, passando a acumular força em indicadores gráficos.
 
PETR4 – incluída (12,5%). 
 
Os desinvestimentos têm ganhado forma nas últimas semanas, dando uma sinalização um pouco mais clara em relação ao processo de desalavancagem.
 
Em julho, o conselho aprovou o novo modelo para a venda da BR Distribuidora, no qual a Petrobras deve permanecer detentora da maior quota do capital votante, mas com participação reduzida no capital total.
 
No dia 29, foi anunciada a venda da participação de 66% detida pela Petrobras no Bloco BM-S-8 para a Statoil, transação que totalizou US$ 2,5 bilhões. Ambos eventos foram bem recebidos pelo mercado. Riscos permanecem na acentuada volatilidade dos papéis em função do contexto macroeconômico e político, além da recente queda do preço do petróleo no mercado internacional.
 
RADL3 – mantida (10%). 
 
A empresa tem sido negociada com múltiplos acima da média, mas ainda atraentes, apesar das altas recente. Acreditamos que esta tendência deva continuar, embora a companhia possua um caráter defensivo, em função de seu modelo de negócios menos cíclico. Análise Gráfica.
 
As sucessivas valorizações do ativo renovaram seus topos históricos, de modo mais consistente a partir de março. Apesar da oscilação observada em maio, a ação rompeu um triângulo simétrico, com retomada de indicadores gráficos, acima da linha de R$ 56,00.
 
Ao longo do último mês, foi rompido também o topo histórico em R$ 58,00, superando o risco de congestão apontado no último relatório.
 
VALE5 – mantida (12,5%). 
 
A Vale apresentou mais um forte resultado no 2T16, marcado pelo incremento em volume de produção e maior preço de minério. A companhia continua focada em seu programa de desinvestimentos com o objetivo de fortalecer seu balanço, além da finalização do seu principal projeto, o S11D.
 
A recente recuperação no preço do minério é resultado de uma melhor perspectiva para a China, com seu governo divulgando novos estímulos econômicos, o que acabou impulsionando o setor de aço no país. Como os estoques de aço chegaram a níveis muito baixos, a perspectiva de que a demanda por minério continue em alta deve continuar favorecendo as ações da Vale. Análise Gráfica. O ativo se mantém na configuração de alta de curto prazo, que se alinhou à tendência altista iniciada em fevereiro, com reforço nos padrões semanal e mensal e apoio em indicadores gráficos.
 
 
[Ações) Excluídas
 
ESTC3 – excluída.
 
Acreditamos que as ações foram bem precificadas ao longo do mês de julho, com tendência de realização no curto prazo, após notícias menos favoráveis ao setor. Além disso, entendemos que a possível fusão com a Kroton só deverá trazer maiores impactos após alguma sinalização das recomendações que o Cade fará, dado que o Conselho de Administração da Estácio já colocou algumas condicionantes a possíveis restrições vindas do Cade, que podem barrar a fusão. Neste sentido, a tendência de realização pode se confirmar no curto prazo, o que nos leva a entender a necessidade de retirada da carteira.
 
MPLU3 – excluída. 
 
Com uma performance cerca de 6% superior ao Ibovespa no mês de julho, optamos por excluir a ação da carteira do mês de agosto. A Multiplus irá divulgar o resultado do 2T16 no próximo dia 03/08 após o fechamento do mercado. Apesar da expectativa de um bom resultado, não esperamos novidades que possam impulsionar as ações.
 
RENT3 – excluída. 
 
Se por um lado o resultado do 2T16 da Localiza surpreendeu positivamente, com um lucro líquido de R$ 98 milhões (+4,93% A/A), por outro lado consideramos que a estratégia de redução de preços/tarifas da companhia possa estar no limite, o que deverá acarretar manutenção ou queda de tarifas sem a contrapartida de aumento de volume.
 
Adicionalmente, não vislumbramos uma retomada na divisão de Seminovos, que deverá continuar em ritmo desacelerado. Assim, consideramos que o 3T16 deverá ser bastante desafiador para a Localiza e optamos em retira-la da carteira.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório Carteira Sugerida de Ações para Agosto/2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T.  JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, RAFAEL REIS, CNPI , e RENATO ODO, CNPI-P,  todos do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T. JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, RAFAEL REIS, CNPI , e RENATO ODO, CNPI-P, todos do BB INVESTIMENTOS





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