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Investimentos

30 de Julho de 2016 as 12:07:20



INVESTIMENTOS - VALE - Resultados Sólidos no 2º trimestre/2016


VALE - Resultado no 2º Trimestre/2016
 
Sólido resultado em uma dinâmica mais  positiva; provisão anunciada
 
O resultado da Vale no 2T16 apresentou melhorias no segmento de minerais ferrosos devido à ganhos de produtividade, especialmente no sistema norte, assim como maiores preços de minério de ferro, apesar da pequena elevação no custo caixa FOB (+USD 0,9/ton) e frete (+USD 0,5/ton).
 
Na unidade de metais base, os volumes de vendas e preços médios elevaram-se T/T, resultando em um EBITDA ajustado de USD 376 mm, +14,3% em relação ao trimestre anterior.
 
A Vale também anunciou uma provisão de USD 1.163 mm referente ao acordo da Samarco após o rompimento da barragem, no qual se estabeleceram os termos financeiros que a Samarco terá de cumprir, até 2030, para a remediação ambiental, social e econômica, ou recuperação das zonas afetadas pelo acidente.
 
Com isso, ficou claro que a Samarco não será capaz de retomar suas operações em 2016 e, uma vez que nenhuma geração de caixa é esperada, Vale e BHP terão que arcar com essas obrigações.
 
 
Minerais Ferrosos:  
 
Incremento de volumes e recuperação no preço de minério de ferro. 
 
A receita do segmento somou USD 4.541 mm, uma alta de 19,4% T/T e estável A/A. Assim como no trimestre anterior, o preço médio de minério realizado – referência CFR – foi de USD 56,3/ton, muito próximo do nível do preço médio de mercado Platts (USD 55,70/ton).
 
Considerando o preço efetivo ajustado por vendas FOB e umidade, este ficou em USD 48,1/ton, uma alta de 4,1% sobre o 1T16. De acordo com o sistema de precificação da Vale, 52% do volume vendido se referiu a preços correntes (mercado spot), versus 48% no 1T16. 
 
O custo caixa FOB aumentou para USD 13,2/ton, decorrente da apreciação do real, enquanto o custo de frete alcançou USD 11,8/ton (vs USD 11,3/ton no primeiro trimestre), devido ao impacto negativo de alta nos preços do banker oil. Desse modo, o EBITDA ajustado de minerais ferrosos foi de USD 2.136 mm, 22,9% maior T/T e 17,9% acima quando comparado ao 2T15.
 
 
Metais Básicos:
 
Melhora no desempenho operacional. 
 
Enquanto o preço médio realizado de níquel avançou 4,5% sobre o trimestre anterior, ajudado pelo prêmio de produtos refinados, o preço do cobre recuou 4,1% na mesma comparação, influenciado pelo sistema de preços provisórios e desconto sobre produtos intermediários.
 
O volume de vendas avançou 4,1% e 6,3% T/T, respectivamente, devido a performance operacional positiva em Thompson (Indonésia), VNC e Onça Puma (Brasil) e, em relação ao cobre, com o ramp up de Salobo.
 
Assim, a receita total do segmento ficou em USD 1.447 mm, +6,9% T/T. Destacamos a expressiva redução de custos por tonelada nas operações e níquel, principalmente VNC (-4,0%) e Onça Puma (-3,2%), assim como as despesas com vendas, gerais e administrativas em 14,7%, o que levou a companhia a apresentar um EBITDA de USD 376 mm, versus USD 329 mm no 1T16.
 
Se por um lado as operações do Atlântico Norte continuam contribuindo positivamente, por outro VNC ainda registrou um EBITDA negativo (de USD 50 mm),que nos faz acreditar que uma importante decisão com relação ao futuro do ativo possa ser tomada em breve.
 
 
Endividamento e Resultado Líquido
 
A dívida se manteve praticamente estável T/T em USD 27.508 mm.
 
A dívida líquida/EBITDA veio levemente menor em 3,6x ante 3,7x no trimestre anterior. O capex total totalizou USD 1.368 mm e o projeto S11D continua em andamento para iniciar as operações em 2017. Este já alcançou 79% de progresso físico, com 90% de progresso na mina e 70% na logística.
 
Devido aos resultados operacionais positivos acima mencionados, somado aos ganhos com derivativos e variações monetárias e cambiais, a Vale encerrou o 2T16 com um lucro líquido de USD 1.106 mm. A queda de 37,7% sobre o 1T16 é resultado da provisão de USD 1.163 mm referente à Samarco.
 
 
Considerações: recuperação na economia chinesa. 
 
No ambiente atual em que os preços das commodities estão sob pressão, a performance (e eventualmente a sobrevivência) das companhias globais é um questão de competitividade.
 
Desse modo, ainda estamos confiantes no caso de investimento da Vale, uma vez que a companhia tem mostrado incrementos a cada trimestre e há alternativas em análise para que o balanço seja reforçado, mesmo diante dos menores níveis de preços.
 
Do lado positivo, destacamos: 
 
(i) o aumento na produção de minério de ferro com o ramp up das mina N4WS e extensão da N5S, assim como o projeto S11D,
 
(ii) a venda de três de sete navios Valemax restantes e a perspectiva positiva com relação à conclusão das negociações com os restantes,
 
(iii) a recuperação recente no preço do minério devido às políticas expansionistas na China junto às melhores perspectivas para a indústria do aço, cujos estoques atingiram um nível muito baixo na região, e
 
(iv) a possibilidade de novos desinvestimentos de ativos (até ativos core estão sendo considerados). 
 
De fato, não podemos deixar de mencionar riscos como: 
 
(i) os novos projetos sendo entregues e que podem desequilibrar o mercado transoceânico de minério com o excesso de oferta, 
 
(ii) uma queda acima da esperada no preço do minério, e 
 
(iii) o fracasso no plano de desinvestimentos ou em outras alternativas para levantar fundos, por exemplo, que podem ameaçar a já apertada geração de caixa em 2016.
 
O management enfatizou durante a teleconferência que não há nenhuma perspectiva de pagamento de dividendos até que um balanço mais forte com um menor nível de alavancagem se torne realidade, e a companhia apresente FCF suficiente para suportar isso.
 
Adicionalmente, duas transações de vendas de ativos serão anunciadas no 3T16 e mais uma até o final do ano.
 
Neste momento, nós mantemos nosso preço alvo para final de 2016 para a VALE5 em BRL 18,50 e a recomendação em Market Perform
 
 
Confira no anexo a íntegra da análise dos resultados  apresentados pela VALE no 2º trimestre/2016, elaborada por VICTOR PENNA, CNPI Analista Chefe victor.penna@bb.com.br, do BB INVESTIMENTOS

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: VICTOR PENNA, CNPI Analista Chefe victor.penna@bb.com.br, do BB INVESTIMENTOS





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