Diário de Mercado em 20 de julho de 2016
Ibovespa interrompe rali de alta;
Copom mantém Selic-meta em 14,25% na estreia de nova equipe.
Após um rali de dez altas consecutivas, o Ibovespa não conseguiu manter o movimento ininterrupto e encerrou a sessão desta 4ª feira em ligeira queda de 0,21%, aos 56.578 pts. O índice acumula agora +9,80% no mês, e +30,51% no ano.
Capitais Externos na Bolsa
O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 7,23 bilhões. No dia 18 (último dado disponível), houve ingresso de capital externo da ordem de R$ 437 milhões na Bolsa, elevando o acumulado líquido do mês a R$ 3,88 bilhões e do ano a R$ 16,54 bi.
Indicadores
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), o dia de poucos indicadores de peso culminou com a divulgação ao final da tarde da decisão do Copom sobre a taxa de juros brasileira.
Em uma decisão já antecipada pela quase unanimidade do mercado, a taxa Selic-meta foi mantida em 14,25%.
O comunicado apresentou um balanço de riscos para que a inflação possa convergir ao centro da meta em 2017 ou manter-se elevada por período prolongado, fator que pesou sobre a decisão.
No primeiro caso, o comitê destacou que “os ajustes na economia podem ser implementados de forma mais célere, permitindo ganhos de confiança e reduzindo as expectativas de inflação”, bem como o fato do índice de ociosidade da indústria “produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom”.
Do outro lado, embora reconheça que no curto prazo, uma melhora na percepção quanto a mercado emergentes tenha ocorrido, pesaram a potencial persistência da inflação de alimentos e o fato de que “um período prolongado com inflação alta e com expectativas acima da média pode reforçar mecanismos inerciais e retardar o processo de desinflação”.
A ata da reunião, que deve dar mais indicativos sobre a visão do Bacen quanto à dinâmica de controle inflacionário sairá na próxima terça-feira e ajudará os agentes a rever suas apostas para a próxima reunião, dia 31/08.
Para amanhã, no radar estarão a definição da taxa de juros do Banco Central Europeu, cuja decisão aguardada é a da manutenção, e também no brasil, o IPCA-15, indicador antecedente do IPCA.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, com o Bacen mantendo as “doses homeopáticas” nas ofertas de leilões de swap cambial reverso de dólar, a divisa norte-americana finalizou a sessão em valorização perante o real, a R$ 3,2547 (+0,15%).
Em dia de volatilidade acentuada por conta da decisão do Copom, no mercado de juros futuros da BM&F houve retração ao longo de toda a estrutura a termo da curva de juros. Já o CDS brasileiro de 5 anos permanece retraindo-se lenta e gradualmente, fechando a 287 pontos ante 289 na sessão anterior.
Bolsas no Exterior
Nos mercados estrangeiros, As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa, uma maior cautela no Japão antes do início da temporada local de balanços e outros mercados ainda pressionados por realização de lucros. Em contrapartida na Europa, assim como nos EUA, os principais índices acionários avançaram, refletindo balanços corporativos melhores do que o esperado.
Confira no anexo a íntegr do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 20.07.2017, elaborado por RAFAEL FREDA REIS, CNPI, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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