Diário do Mercado - 6ª feira, 27.05.2016
Bolsa
O Ibovespa encerrou a sessão desta 6ª feira em queda, aos 49.051 pts (-0,87%), variando -1,35% na semana e passando a acumular -9,01% no mês, 13,15% no ano e -9,56% em 12 meses.
Em dia de negociações menos volumosas por conta de um pregão "prensado" entre o feriado de ontem e o final de semana, o giro financeiro da Bovespa foi de R$ 4,36 bilhões, sendo R$ 4,24 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 24 (último dado disponível), houve saída de capital externo de R$ 3,4 milhões da bolsa, que acumula agora saldo negativo de R$ 1,71 bilhão em maio, mas, ingresso líquido de R$ 11,58 bilhões no ano.
Queda da Dívida Pública Federal
No Brasil, a dívida pública federal total (DPF – inclui dívida interna e externa) recuou para R$2,799 trilhões em abril, variando -3,01% em relação aos R$2,886 trilhões de março.
A DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna) foi de R$ 2,670 trilhões (-3,03%) e a DPFe (Dívida Pública Federal externa) foi de R$ 129,6 bilhões (-2,70%).
Melhoria de Indicadores da Dívida Pública
A parte da DPF que vencerá nos próximos 12 meses baixou para 18,86% em abril, frente à 22,65% em março. O prazo médio da DPF aumentou para 4,75 anos em abril, contra 4,59 anos em março. Na DPF, o custo médio acumulado em 12 meses subiu a 14,25% a.a. em abril, ante 14,19% a.a. em março.
EUA: indicadores economicos melhores e aumento dos juros em 6 meses
Nos EUA, a presidente do Fed, Janet Yellen, proferiu discurso hoje no qual citou, entre outros:
“se a economia continuar a melhorar, será apropriado subir juros cautelosamente”; “alta dos juros será cautelosa e gradual”; e “aumento de juros nos próximos meses provavelmente será apropriado”.
Enfim, não ratificou que os juros subirão na reunião de 15 de junho próximo, mas, deixou uma porta entreaberta para possíveis elevações nas quatro reuniões do 2º semestre deste ano.
Em termos de indicadores, a revisão do PIB 1T16 norte-americano registrou crescimento de 0,8%, ante +0,5% na prévia anterior – expectativa de mercado era de +0,9%.
O consumo das famílias variou +1,9%, idêntico à prévia anterior, mas, abaixo do +2,1% esperado pelos agentes. Já o dado final do índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, mesmo vindo menor do que a prévia de 95,8 e do 95,4 esperado pelo mercado, mostrou avanço para 94,7 em maio, versus 89,0 em abril.
Câmbio Interbancário e Juros Futuros
No mercado de câmbio, o dólar norte-americano tornou a apreciar-se contra o real, mesmo sem a intervenção do Bacen nos leilões de swap cambial reverso, encerrando a sessão cotado no interbancário a R$ 3,6065 (+0,65%).
CDS de 5 anos do Brasil (medida de risco-país) avançou ligeiramente, e fechou o dia em 350 pts, ante 347 pts na véspera, bem como ainda acima do importante nível de 330 pts.
No mercado de juros futuros na BM&F, dia de alta em praticamente todos os vencimentos, acompanhando o deslocamento do dólar, que intensificou sua alta após fala de Yellen em Harvard.
Nos mercados estrangeiros, predominou a cautela antes do discurso da presidente do Fed, com otimismo como pano de fundo. Na Europa, assim como na Ásia, as bolsas registraram ligeiras altas, em compasso de espera.
A exceção foi a China, que fechou em ligeira baixa. Nos EUA, os índices apresentaram ganhos, acreditando que ainda não será em junho a elevação dos juros.
Cabe salientar que o volume das bolsas estadunidenses desacelerou-se significativamente na tarde desta 6ª feira, pois na próxima segunda-feira o mercado norte-americano não operará em virtude do feriado do Memorial Day.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado nesta 6ª feira, 28.05. 2016, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL FRDA REIS, CNPI, ambos do BB INVESTIMENTOS
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