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Investimentos

22 de Maio de 2016 as 22:05:08



INVESTIMENTOS - KROTON - Resultados no 1º trimestre/2016


Kroton  -  Resultado 1T16
 
Consolidando sua força operacional
 
17 de maio de 2016
 
A Kroton reportou resultados positivos, demonstrando forte gestão operacional no 1T16, em linha com as nossas expectativas. Apesar da fraca captação anunciada previamente, a empresa provou que é capaz de controlar rigorosamente os seus custos e melhorar suas margens.
 
Além disso, as taxas de evasão e inadimplência foram mantidas em níveis estáveis apesar do momento de desaceleração econômica. 
 
A melhora de 5.0 p.p. na margem EBITDA ajustada do primeiro trimestre, em comparação com 1T15, foi o principal destaque e desempenhou papel crucial na capacidade da empresa em superar o ambiente desafiador. Já o FCC foi prejudicado pela maior necessidade de capital de giro que foi impulsionada pelo menor número de repasses do FIES, conforme PN 23 introduzida em 2015.
 
 
Base de estudantes. 
 
282,3 mil novos alunos foram adicionados ao segmento de graduação (incremento 2,8% menor que o 1T15), enquanto 13.600 foram adicionados ao segmento de pós-graduação, levando a um leve aumento de 0,8% na base total de alunos e demonstrando um ritmo de crescimento mais lento do que no 1T15. Outro fator relevante foi a estabilização das taxas de PDD e evasão, que reportaram percentuais muito semelhantes ao mesmo trimestre do ano anterior. 
 
Na graduação presencial o PDD (exFIES) foi apenas 0,2 p.p. maior, passando de 6,5% no 1T15 para 6,7% no 1T16, já a educação básica reduziu para 0,8% (de 1,3% no 1T15) enquanto o nível de PDD no EAD permaneceu o mesmo, em 7,4%.
 
 
Performance
 
A receita líquida decresceu 1,5% no período, totalizando R$ 1.268 mi, afetada pelo tíquete médio abaixo da inflação, pelo impacto da LFG, e pelo declínio do Pronatec.
 
 
No segmento presencial o ticket médio cresceu 7,1% no 1T16, enquanto nos cursos EAD o preço médio teve redução de 6,9% A/A, comprometendo assim a viabilidade do aumento nos preços, principalmente devido aos descontos mais elevados oferecidos no início do ano com o intuito de captar mais alunos. 
 
Dito isto, a capacidade da companhia em controlar rigorosamente seus custos vieram com dados encorajadores, evidenciados na redução da margem de custos sobre a ROL em 4,6, 4,1 e 1,3 pontos percentuais nos segmentos presencial, EAD e ensino básico, respectivamente. 
 
Apesar da alta de 14,7% A/A nas despesas de marketing, devido ao lançamento de campanhas de captação no 1T16 e à antecipação da publicidade para o 2S16, as despesas SG&A também foram bem administradas e vieram estáveis. 
 
Consequentemente, o EBITDA ajustado aumentou 10%, para R$ 607 mi no 1T16, com uma margem EBITDA ajustada de 47,8% (5,0 p.p. superior ao 1T15). Além disso, os resultados financeiros vieram 28,4% melhores que o 1T15, devido à redução da alavancagem para 0,1x dívida líquida/EBITDA 12M, embora ainda negativo em R$ 29 mi. 
 
Assim, o lucro líquido ajustado foi de R$ 506 mi, com margem líquida ajustada de 39,9% A/A (acima dos 35,4% no 1T15), a maior margem líquida ajustada na história da Kroton.
 
 
Fluxo de caixa. 
 
Embora a Kroton tenha diminuído a sua exposição ao FIES para 22,7% da base de graduação total, a PN23 continuou comprometendo a geração de caixa por conta do menor número de repasses no primeiro trimestre. 
 
Com essa visão, o prazo médio dos recebíveis saltou para 154 dias (64 dias a mais do que no 1T15) também impactado pelo período de pagamento mais longo do PEP. Consequentemente, a maior necessidade de capital de giro provocou um consumo de caixa intensivo e fluxo de caixa operacional fechou o trimestre em R$ 9,1 mi, 90,6% menor do que no 1T15. 
 
No entanto, a companhia afirmou que a partir do 2S16 a Kroton deve receber por volta de R$ 900 mi em repasses FIES. 
 
Outrossim, o CAPEX recorrente foi 47,4% menor no 1T16, compensando o fluxo de caixa das atividades de financiamento que foi mais uma vez negativo. Adicionalmente, vale lembrar que o recebimento da primeira parcela da venda da Uniasselvi foi concluída no 1T16, fato que beneficiou o fluxo de caixa livre que terminou o primeiro trimestre em R$ 171 mi.
 
 
Considerações
 
Apesar de um primeiro trimestre fraco em captação, a Kroton provou que possui suficiente know-how e estrutura para superar adversidades. O desempenho operacional no 1T16 foi forte o suficiente para garantir ganhos de eficiência e rentabilidade.
 
Ainda que o valor do tíquete médio continue a ser um ponto que demande cautela, as taxas de evasão foram mantidas em níveis estáveis e nós entendemos que o PDD também deverá permanecer estável nos próximos trimestres. 
 
Assim, considerando o mencionado acima, somos tentados a acreditar em resultados positivos para os próximos períodos apesar do cenário não tão inspirador para 2016. Consideramos inclusive a possibilidade de um novo movimento de M&A, visto que a venda de Uniasselvi estará totalmente concluída a partir do 2T16.
 
Dessa forma, em nosso ponto de vista, a empresa conseguiu apresentar bom desempenho no período, reportando aumento das margens e demonstrando capacidade para executar estratégias inovadoras e lidar com adversidades. 
 
Por isso, mantemos o nosso preço-alvo YE2016 inalterado em R$ 11,00. Contudo, permanecemos alertas no sentido de avaliar a necessidade de rever as nossas perspectivas. 
 
Apesar do upside do ativo estar mais justo após o recente rally dos ativos, mantemos a nossa recomendação de outperform dado que um ambiente com menor percepção de risco não foi incorporado ao nosso modelo.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da empresa KROTON, no 1º trimestre/2016, elaborado por MARIANA ROZA PAULON, CNPI, analista senior, e MÁRIO BERNARDES JUNIOR, CNPI, analista chefe, ambos do BB INVESTIMENTOS.
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARIANA ROZA PAULON, CNPI, analista senior, e MÁRIO BERNARDES JUNIOR, CNPI, analista chefe, ambos do BB INVESTIMENTOS.





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