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Investimentos

04 de Maio de 2016 as 19:05:49



INVESTIMENTOS - MARCOPOLO - Resultados no 1º trimestre/2016


MARCOPOLO -  Resultados no 1º trimestre/2016
 
Estrada acidentada e pára-brisa embaçado
04.05.2016
 
O ano de 2016 não tem nada agradável a Marcopolo. A empresa registrou um fraco resultado do primeiro trimestre, com destaque para queda acentuada na receita e aumento de custos e despesas, o que causou a pressão generalizada em todas as margens. Além disso, houve um forte cash burn, resultante dos seguintes aspectos:
 
(A) Retração de 46,5% A/A na receita do mercado doméstico, resultado da diminuição da demanda, refletindo a queda na produção nacional;
 
(B) Menor diluição do CPV, dado o baixo volume de vendas e dificuldade de transferência do aumento dos custos para o preço de venda, o que levou a uma queda de 400 pontos base na margem bruta;
 
(C) Forte crescimento de 410 bps em outras despesas operacionais em relação à receita líquida devido a provisões trabalhistas e suspensão temporária de contratos de trabalho; e 
 
(D) Queda de 111 bps em participação no mercado doméstico.
 
O resultado poderia ser pior se não fosse pela variação cambial, que exerceu um efeito benéfico sobre a receita no mercado externo, apesar da queda na produção, o que ajudou a suavizar a tendência de queda na receita consolidada.
 
 
EBITDA e Margem
 
O EBITDA atingiu R$ 1,5 milhões no 1T16, com margem de 0,4%, ante R$ 65,8 milhões e margem de 10,0% no 1T15. O principal impacto veio de "Outras Despesas Operacionais", que registrou R$ 7,6 milhões de despesas e provisões para verbas rescisórias, além de R$ 6,7 milhões a partir da suspensão temporária de contratos de trabalho para qualificação profissional na unidade Marcopolo Rio, e R$ 3,5 milhões de outras despesas.
 
 
Fluxo de Caixa
 
As atividades operacionais geraram R$ 193,3 milhões no 1T16, uma queda de 49% T/T. As atividades de investimento consumiram R$ 34,9 milhões e as atividades de financiamento consumiram R$ 350 milhões em caixa.
 
O principal impacto no fluxo de caixa de atividades de financiamento veio do pagamento da dívida de R$ 460 milhões, devido à estratégia de redução da dívida e, de acordo com a empresa, a nenhuma necessidade para a rolagem desse vencimento.
 
 
Nível de Endividamento
 
A dívida líquida total foi de R$ 1.031,5 milhões no 1T16. Desse total, R$ 700 milhões foram provenientes de atividades de financiamento (Banco Moneo) e R$ 334,9 milhões a partir do segmento industrial (atividade operacional).
 
Considerando apenas a dívida da atividade industrial, o índice de alavancagem é 2,3x EBITDA 12M no 1T16, enquanto que no 1T15 foi de 1,5x, o que reflete claramente a queda acentuada do EBITDA.
 
 
Lucro Líquido
 
O lucro líquido consolidado atingiu R$ 8,8 milhões no 1T16 (-74,1% A/A), com margem de 2,1%, uma queda de 310 pontos base em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado líquido foi beneficado pela variação cambial sobre o passivo em dólar.
 
 
Perspectivas
 
Temos visão conservadora de Marcopolo a longo prazo. Há uma tendência de queda na demanda devido à redução no nível de investimentos.
 
O contraponto podem ser as vendas no mercado externo, que é uma das principais estratégias da empresa para agora em diante, combinado com um plano para aumentar a eficiência operacional.
 
Neste sentido, mantemos nosso target price para POMO4 em R$ 2,70 para YE2016 bem como a nossa recomendação Market Perform. No entanto, não descartamos nova revisão de perspectivas, projeções financeiras e premissas nos próximos meses.
 
Confira no anexo o relatório de analise dos resultados da MARCOPOLO no 1º trimestre/2016, elaborado por MÁRIO BERNARDES JUNIOR, CNPI Analista Chefe, FÁBIO CESAR CARDOSO, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MÁRIO BERNARDES JUNIOR, CNPI Analista Chefe, FÁBIO CESAR CARDOSO, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS.





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