Futuros em Nova York e bolsas na Europa mistas.
Quedas de preços de commodities preocupam investidores.
O Ibovespa deverá ter abertura positiva. Neste momento, os futuros dos índices em Wall Street denotam repique das baixas de ontem. Já os principais mercados acionários da Europa operam com sinais divergentes. O Vix, que serve de medida de aversão ao risco internacional, subiu a 27,6 pts ontem, de 23,6 na 6ª feira, 25.09.
Enfim, os investidores permanecem temerosos com o futuro do panorama global, induzidos pela desaceleração abrupta da China e pela esperada elevação da taxa de juros até o final deste ano pelo Fed nos EUA.
Vale ressaltar que ambas as preocupações estão se refletindo nas quedas dos preços das commodities e em perspectivas sobre as economias emergentes.
Nos EUA, na véspera, o dado de gastos do consumidor melhores do que as estimativas e o PCE (inflação monitorada pelo Fed) se mantendo em linha com o consenso influenciaram nas baixas das bolsas.
Câmbio e Juros futuros
Na 2ª feira, 28.09, o dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$4,0800 (-2,80%), acumulando +12,30% no mês, +53,67% no ano e +69,01% em 12 meses.
Nos Juros futuros (DI), as taxas avançaram integralmente, levantando como um todo a curva da estrutura a termo da taxa de juros. Em verdade, as taxas foram pressionadas pela alta da taxa de câmbio no dia.
Ibovespa
Na 2ª feira 28.09, o índice doméstico fechou aos 43.956 pts (-1,95%), acumulando agora -5,72% no mês, -12,10% no ano e -23,17% em 12 meses.
O giro da Bovespa foi de R$5,42 bilhões (R$4,78 bilhões no mercado à vista), com o Ibovespa em R$5,71 bilhões. O Ibovespa principiou decadente e pouco antes da primeira hora de negócios passou a oscilar em torno dos 44 mil pts (-1,85%), assim permanecendo durante o restante do pregão, com curtas variações.
Enfim, mais um dia em que as movimentações do índice doméstico acompanharam a trajetória do Dow Jones, sempre com baixa maior ao longo do dia, mas, se igualando na hora final.
Os temores em relação à desaceleração da China, que anunciou desabamento dos lucros industriais, derrubaram os preços das commodities no mercado internacional e corroboraram para a queda dos papéis da Vale, bem como a baixa do preço do petróleo impactou as ações da Petrobras.
O CDS de 5 anos do Brasil (CBIN), referência de risco internacional, fechou em 532 pts, subindo 44 pontos versus os 488 pts de sexta-feira (25) e 351 pts do final de agosto.
No Brasil, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego mensurada pelo PNAD (pesquisada em mais de três mil e quinhentos municípios) foi de 8,6% no trimestre até julho de 2015, versus 8,0% no trimestre encerrado em abril deste ano e 6,9% no mesmo trimestre do ano passado.
No trimestre até julho, a renda média real do trabalhador foi de R$1.881,00, com recuo de 0,9% sobre o trimestre encerrado em abril de 2015, mas, elevação de 2,0% em comparação com o mesmo período em 2014.
Capitais Extermos na Bolsa
No último dado disponível, a Bovespa teve saída de R$395,261 milhões em capital externo no último dia 24, acumulando saldo negativo R$205,237 milhões no mês (-R$3,314 bilhões em agosto) e R$17,452 bilhões em 2015.
Na China, o índice de Xangai variou -2,02%, para 3.038 pts. No Japão, o índice Nikkei recuou 4,05%, para 16.931 pts.
Confira no anexo a íntegra do relatório Pre Mercado, elaborado por Nataniel Cezimbra, CNPI, e Hamilton Moreira Alves, analistas de investimento do BB INVESTIMENTOS