Relatório de Mercado - 23.07.2015
O Ibovespa oscilou ao redor da estabilidade somente na primeira hora de negócios. A partir daí, manteve trajetória descendente até seu fechamento, que não foi distante da mínima do dia.
O volume financeiro esteve acima da média dos últimos pregões – ou seja, além de ter encerrado abaixo dos 50 mil pts, o índice caiu com força no pregão de hoje.
A elevação de temores que os EUA possam subir juros induziu um mau humor nos agentes em Nova York, derrubando os índices das bolsas, e acabou contaminando também o mercado brasileiro. De outra mão, alguns receios com o cenário doméstico também pesaram nas decisões dos investidores na Bovespa.
Superavit Primário - Redução da Meta
No Brasil, na noite de ontem, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou reduções nos objetivos de superávit primário do governo: em 2015, de 1,1% para 0,15%; em 2016, de 2,0% para 0,7%; e em 2017, de 2,0% para 1,3%.
Queda dos pedidos de seguro desemprego nos EUA
Nos EUA, o número de pedidos de seguro-desemprego baixou para o menor patamar desde novembro de 1973, ascendendo temores que a elevação de juros pelo Fed está próxima. Também, alguns balanços de empresas aquém das expectativas contribuíram para o recuou dos índices em Wall Street.
Ibovespa
No índice, os setores com mais fracas performances foram: Bancos; Consumo e Serviços Financeiros. Destaques individuais negativos ponderados para: ITUB4 (R$29,00; -4,16%; giro R$706 milhões); BBDC4 (R$26,50; -4,44%; giro R$350 milhões); ITSA4 (R$8,23; -5,18%; giro R$305 milhões); BBSE3 (R$30,65; -4,67%; giro R$300 milhões); CIEL3 (R$44,42; -3,31%; giro R$265 milhões); PETR4 (R$10,17; -1,83%; giro R$506 milhões); BVMF3 (R$10,70; -3,69%; giro R$167 milhões); KROT3 (R$9,92; -5,25%; giro R$215 milhões).
O índice doméstico fechou aos 49.806 pts (-2,18%), acumulando -4,84% na semana, -6,17% no mês, -0,40% no ano e -13,26% em 12 meses. Em dados preliminares, o giro da Bovespa foi de R$7,33 bilhões (R$7,14 bilhões no mercado à vista), com o volume do índice em R$6,28 bilhões.
Capitais Externos na Bolsa Brasileira
No último dado disponível, a Bovespa teve entrada de capital externo de R$12,188 milhões no dia 20 de julho último, somando R$596,922 milhões no mês (+R$2,597 bi em junho; +R$1,472 bi em maio; +R$7,605 bi em abril; +R$3,809 bi em março;+R$4,481 bi em fevereiro; +R$1,575 bi em janeiro) e somando R$19,204 bilhões em 2015.
Câmbio e Juros Futuros
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$3,2910 (+1,98%), acumulando +3,10% na semana, +5,85% no mês, +23,95% no ano e +48,24% em 12 meses.
Nos juros futuros (DI), as taxas subiram progressivamente da ponta mais curta para a mais longa, com os agentes já começando a reposicionar suas apostas para decisão do Copom, no próximo dia 29 de julho.
Indicadores.
No Brasil, o IBGE informou que a taxa de desemprego, mensurada nas seis maiores regiões metropolitanas do País, atingiu 6,9% em junho, versus 6,7% em maio, ante 4,3% em dezembro e contra 4,8% em junho do ano passado.
Já o rendimento médio real habitual dos ocupados aumentou 0,8% em junho, para R$2.149,00, frente a maio (R$2.132,58), mas, recuou 1,25% sobre dezembro (R$2.122,10) e baixou 2,9% em relação a junho de 2014 (R$2.212,87).
EUA: Pedidos de seguro desemprego, o menor patamar desde 1973
Nos EUA, os pedidos de seguro desemprego caíram 26 mil, na semana até 18 de junho, contra 281 mil da semana anterior – consenso em 278 mil, recuando para o menor patamar desde novembro de 1973 (!!!). Os indicadores antecedentes variaram +0,6% em junho – consenso em +0,3%.
Agenda da semana.
No Brasil, taxa de desemprego (23) e confiança do consumidor (24);
nos EUA, dados de seguro-desemprego, índice de atividade do Fed de Kansas City e índice antecedente (23) e PMI manufatura (24);
na Alemanha, na França e na zona do euro, PMIs manufatura, serviços e composto (24);
no reino Unido, vendas a varejo (23);
e na China prévia do PMI manufatura (23)
Confira no anexo o relatório completo do comportamento do mercado financeiro em 23.07.2015, elaborado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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