A Zona de Livre Comércio (ZLC) de Shanghai, primeiro piloto no interior da China, foi criada há um ano. Após a operação de um ano, o número de empresas estabelecidas na zona, que é de 12 mil, é mais do que o total das empresas instaladas na zona franca nas últimas duas décadas. Empresas de capital estrangeiro representam mais de 10% das empresas na ZLC de Shanghai.
Recentemente, o governo chinês decidiu criar mais três ZLCs nas províncias de Guangdong, Fujian e no município central de Tianjin, o que tornou mais uma vez, o tema sobre a criação das ZLCs foco de discussões.
“Quero que seja acelerada a construção da ZLC e ampliada a abertura ao exterior. Devem abrir um canal verde para atrair o retorno de projetos estabelecidos pelas empresas nacionais no exterior.”
Assim propôs GuoGuangchang, membro da Comissão Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh) e presidente do Grupo Fosun de Shanghai, ao primeiro-ministro Li Keqiang, durante uma reunião realizada à margem da 3ª sessão da 12ª Comissão Nacional da CCPPCh.
Para ele, através da ZLC, o retorno de empresas que “saíram” pode ajudar essas mesmas empresas a alcançar um desenvolvimento ainda maior e ajudar o país a integrar-se de melhor maneira à economia global.
No relatório de trabalho do governo feito na recente reunião anual da Assembleia Popular Nacional (APN), Li Keqiang afirmou a necessidade de levar adiante os trabalhos referentes às quatro ZLCs como pilotos da reforma e abertura com as mesmas características, e disse:
“Vamos ampliar a abertura do interior e das regiões fronteiriças, promover a inovação das zonas de desenvolvimento econômico e tecnológico, além de elevar o nível de desenvolvimento das zonas de cooperação econômica fronteiriças e transfronteiriças. Também promoveremos ativamente a construção das Zonas-Piloto de Livre Comércio de Shanghai, Guangdong, Tianjin e Fujian.”
Segundo o governador da província de Guangdong Zhu Xiaodan, todos os preparativos da ZLC estão prontos, incluindo o sistema de registro dos investimentos estrangeiros, a criação do portal oficial e o Centro da Administração. Logo com a aprovação das autoridades centrais, a ZLC de Guangdong poderá entrar em funcionamento.
As três ZLCs a entrar em operação têm seu posicionamento definido e características próprias.
Tal com a de Guangdong, a ZLC de Tianjin vai voltar-se para as finanças extraterritoriais e o arrendamento mercantil, e a ZLC de Fujian, por sua vez, para o comércio com Taiwan e os países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Wang Xinkui, diretor do Gabinete de Conselheiros do governo municipal de Shanghai, disse que o aumento do número das ZLCs e a ampliação da abertura em áreas determinadas mostram os importantes reajustes que a China está efetuando em sua abertura ao exterior.
“No passado, costumávamos avaliar o nível de abertura ao exterior baseados no volume de importação e exportação, na quantidade de investimentos estrangeiros que atraímos ou no seu peso no PNB. E agora, o que o relatório de trabalho do governo exige para fazer as avaliações? Exige a iniciativa do desenvolvimento e da competitividade internacional mediante a iniciativa da abertura ao exterior.”
Em uma reunião do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) realizada no dia 24 de março, foi autorizado o estabelecimento das ZLCs de Guangdong, Tianjin e Fujian, respectivamente.
De acordo com um comunicado emitido após a reunião, levar adiante a criação das ZLCs é uma importante medida que atende à situação da nova normalidade da economia chinesa e visa explorar novos caminhos e experiências em favor do aprofundamento da reforma e da ampliação da abertura ao exterior.
fonte: http://portuguese.cri.cn/other/magazine/2015061602.pdf